Ponta Grossa consolida sua posição como um dos principais polos industriais e econômicos do Paraná. Segundo a projeção da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026 do Governo do Estado do Paraná, o município tem uma estimativa de R$ 1.903.805.417 em renúncias de receita de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O montante coloca a cidade em evidência no cenário estadual, com representatividade de 8,8% do total de incentivos previstos para as regiões intermediárias do Paraná.

Os números indicam a estratégia do Estado em fomentar setores produtivos locais. Do total previsto, R$ 17.964.819 referem-se especificamente ao programa “Paraná Competitivo”, voltado para a atração de investimentos e geração de empregos. A grande maioria dos valores, contudo, enquadra-se no regime geral de tributação.

Motores da economia local

A análise setorial dos dados aponta quais áreas impulsionam esses números. O setor automotivo aparece como um dos grandes protagonistas da indústria ponta-grossense, com uma renúncia fiscal estimada em mais de R$ 426 milhões para 2026. Esse valor supera, por exemplo, o montante destinado ao mesmo setor na região de Londrina (R$ 216 milhões) e Cascavel (R$ 317 milhões).

Além da força das montadoras e da cadeia de autopeças, o setor de alimentos demonstra enorme vitalidade. O segmento de comércio de alimentos projeta movimentar mais de R$ 779 milhões em incentivos, enquanto a produção de alimentos soma outros R$ 335 milhões.

Outros segmentos relevantes para a economia de Ponta Grossa incluem:

• Metalúrgico: R$ 105 milhões.

• Químico: R$ 69,6 milhões.

• Eletroeletrônicos: R$ 38,6 milhões.

Crescimento sustentado

As projeções indicam um cenário de expansão contínua para os próximos anos. Enquanto a estimativa para 2026 gira em torno de R$ 1,9 bilhão, o documento orçamentário já prevê um aumento para R$ 2,01 bilhões em 2027 e R$ 2,13 bilhões em 2028 para a região de Ponta Grossa.

Esses incentivos fiscais funcionam como um termômetro da atividade econômica: quanto maior a produção e a venda, maior a base de cálculo para eventuais isenções ou reduções de alíquota, refletindo o dinamismo do PIB local.