A morte de Manuelle Hilgemberg Eurich, de 9 anos, registrada nesta sexta-feira (11) no Hospital Geral Unimed, em Ponta Grossa, gerou grande comoção na cidade e em toda a região. A trajetória de Manuelle, marcada por fé, superação e solidariedade, já havia sido destaque em uma entrevista publicada em maio na Revista D’Ponta, onde sua mãe, Arielle Hilgemberg Eurich, compartilhou detalhes emocionantes da luta da família.
Em 2018, durante férias em Balsas (MA), Manuelle sofreu um grave acidente por afogamento. O resgate foi dificultado pela falta de recursos locais, mas rapidamente a comunidade se mobilizou: um fazendeiro cedeu um jatinho e moradores iluminaram a pista para garantir a transferência da menina à noite. Após dias em coma profundo em Imperatriz, ela foi transferida para Curitiba, onde enfrentou o diagnóstico de morte cerebral. Arielle, movida pela fé, insistiu em novos exames, presenciando o retorno dos sinais vitais da filha em um episódio que ela descreve como um milagre.
Desde então, Manuelle viveu em estado vegetativo, recebendo cuidados constantes de uma equipe multidisciplinar e sendo envolvida pelo carinho da família. A história da menina mobilizou campanhas de solidariedade e inspirou não apenas os familiares, mas também profissionais de saúde e a comunidade local. “Eu pedi que o Espírito Santo me iluminasse. Quando estavam fazendo o exame, uma pombinha branca pousou na janela do quarto da UTI, a Manu voltou a puxar o ar e reconectaram os aparelhos. Foi a ação do Espírito Santo na vida dela, e ali começou uma nova história para nós”, descreve.
Nesta sexta-feira (11), a pequena Manuelle Hilgemberg Eurich será sepultada no Cemitério Parque Campos Gerais, em Ponta Grossa. O corpo está sendo velado na Capela do Cemitério Parque Campos Gerais desde o início da tarde.
