A psicóloga, Andressa Bach, comentou sobre a construção da carreira profissional e os comportamentos que a potencializam, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (11).
Construção da carreira profissional
A construção de uma carreira profissional é o caminho ou conjunto de etapas planejadas que ajudarão um profissional a alcançar seus objetivos, que podem variar muito de pessoa para pessoa.
“Quando falamos em construção, estamos falando sobre sair de um ponto para chegar a outro. A construção de uma casa, por exemplo, começamos pela base até chegar ao telhado”, afirma Andressa. “Então quando a gente fala sobre a construção de uma carreira é este caminho ou etapa que um profissional deve cumprir para poder se desenvolver e alcançar os seus objetivos”, complementa.
A carreira de uma pessoa é resultado de todo o conhecimento e experiência que ela adquiriu durante a sua jornada. “A construção serve para contribuir para esse profissional, para que ele tenha uma carreira dentro daquilo que espera. O sucesso é resultado desta construção baseada naquele objetivo determinado”, pondera a psicóloga.
Ela exemplifica um profissional que permanece durante muito tempo em uma mesma função dentro do mercado, e orienta ele a buscar essa construção para poder ter um crescimento profissional. “A gente pode ter uma carreira, em que permanecemos durante muitos anos dentro de uma mesma função sem um crescimento. Então a construção tem a ver com esse crescimento que pode levar um profissional a alcançar objetivos maiores na sua vida”, destaca.
Inteligência emocional
A inteligência emocional está relacionada ao conjunto de competências que a pessoa possui para lidar com as emoções. É como ela se percebe, processa e tem habilidade de realizar o gerenciamento durante o dia a dia.
“Hoje a maioria dos profissionais que são desligados de alguma empresa não é devido a uma questão técnica, mas sim comportamental. A inteligência emocional é a capacidade de lidarmos e gerenciarmos as nossas emoções de uma maneira adequada”, explica Andressa. “Muito do que temos de problemas de relacionamento, inclusive de não ter a paciência e consciência de que precisamos cumprir algumas etapas de construção para que a gente possa crescer, vem da dificuldade que temos de lidar com as nossas emoções”, ressalta.
A questão comportamental e do controle das emoções possibilita que o profissional se mantenha no emprego, porque a parte técnica pode ser desenvolvida pela empresa. “Hoje, as empresas entendem a necessidade de investimento nos profissionais para poder desenvolvê-los tecnicamente. Porém a falta de desenvolvimento ligada ao aspecto comportamental pode fazer com que um profissional perca uma oportunidade”, aponta a psicóloga.
“Praticamente todas as exigências exigidas atualmente são voltadas à questão comportamental. Entra a questão do autoconhecimento, que é o profissional que entenderá o que possui de potencial e dificuldades e lidará com eles para poder crescer”, explica. “A proatividade também é um diferencial, porque o profissional está sempre se antecipando em relação a eventuais problemas para resolvê-los, e terá o autogerenciamento, ou seja, não será aquele profissional que precisará ‘ser empurrado’, porque ele aprenderá e se adaptará à empresa rapidamente”, pondera Andressa.
Geração Z
A geração Z é definida pela sociologia como as pessoas que nasceram entre 1995 e 2010, e é ligada ao processo de evolução tecnológica que o mundo passa.
“A gente está hoje em um mercado muito dinâmico, em que as mudanças acontecem muito rapidamente. A geração Z tem um perfil completamente diferente, porque já nasceram neste período de desenvolvimento tecnológico. Então são pessoas muito mais dinâmicas e está sendo um desafio para as empresas lidar com esse perfil”, ressalta a psicóloga. “As empresas que que não conseguem lidar com esse dinamismo [desta geração] vão acabar ficando para trás e tendo sérios problemas”, complementa.
Serviço
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Confira a entrevista completa: