Elogiados pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi, os tapetes de Corpus Christi antes de serem verdadeiras obras de arte são depositários de muita fé. Cada traço, cada desenho, cada figura, pensados meses a fio, tem como ferramenta não só a criatividade, mas o desejo fraterno de servir, e, servir em comunidade. Representantes de 32 organismos católicos se uniram, este ano, para ornamentar os 3,5 km do trajeto da procissão, em Ponta Grossa. Os tapetes têm a largura de 1,5 m e levaram para as ruas, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (8), cerca de 1.500 pessoas.
A Paróquia São José/Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro levou para a rua 500 fotos de paroquianos. “Este ano, de uma maneira especial, resolvemos abrir o álbum de família para toda a Diocese; abrir na forma de um álbum de foto. Cada família que se sentiu chamada selecionou as fotos, levou para a paróquia, em um tamanho pré-determinado e foi feito um grande gabarito, imitando as folhas de álbum. O objetivo foi fazer com que a comunidade participasse antes e para que bem participasse durante a procissão e que essa expressão da fé permaneça com as pessoas que participaram de todo esse processo”, conta a coordenadora do Conselho Pastoral Paroquial, Juliane Pacheco Kossemba.
No final do trecho do tapete conferido à São José, foi feita uma homenagem a dom Sergio. “Esse ano especial, as páginas finais do álbum retrataram a caminhada do bispo. Pedimos o apoio da Assessoria de Imprensa da Diocese, que, prontamente, nos encaminhou fotos muito significativas, muito lindas de Dom Sergio. Elas fecharam o nosso álbum que encerrou com a frase ‘assim vive uma família cristã'”, contou Juliane.
A paroquiana da São Sebastião/Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, Thelma Cosmoski Campagnolli, que há 30 anos participa da celebração da Solenidade de Corpus Christi, resolveu fazer algo diferente: aplicar essência de rosas sobre o tapete decorado. “Tive a ideia para lembrar esses trinta de trabalho, de borrifar a essência de rosas vermelhas de Santa Rita de Cássia em todas as partes do tapete, em homenagem e agradecimento a esse povo que trabalha com tanta fé, tanta alegria, com tanta religiosidade essa parte cultural tão linda do nosso povo”, justificava.
Para o padre Evandro Luis Braun, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, “Corpus Christi é o dia em que todas as pessoas da Igreja Católica levam para fora da igreja o seu tesouro, que é Jesus Cristo. Demonstramos isso através dos tapetes que são preparados; através da procissão da qual participamos; através do envolvimento comunitário das pessoas das nossas comunidades…Através de tudo isso estamos mostrando para o mundo que Jesus Cristo é o nosso Senhor e que não há outro tesouro maior”, enfatizou.
O tema da procissão deste ano -‘Eucaristia, Pão da Vida: Comunhão, Graça e Missão’ – fez referência ao Sínodo 2021-2023, que fala da busca de uma igreja sinodal, caracterizada pela comunhão, participação e missão, mas também remeteu ao Ano Vocacional no Brasil (‘Vocação: graça e missão/Corações ardentes, pés a caminho’), à Campanha da Fraternidade 2023 (‘Fraternidade e fome’) e aos três jubileus do bispo Dom Sergio Arthur Braschi (25 anos de episcopado, dia 14 de abril; 20 anos à frente da Diocese, no dia 16 de julho; 50 anos como padre, em 8 de julho, e 75 anos de vida, no dia 3 de dezembro). Os tapetes, em seus diversos trechos e das mais criativas maneiras, molduravam diferentes aspectos do tema. Paróquias, movimentos, associações e organismos católicos se superaram. Mais uma vez.
da assessoria