Por Camila Souza
Com o início dos atendimentos na UPA Uvaranas em 4 de junho, os registros das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ponta Grossa passaram a indicar uma nova distribuição na demanda. Dados repassados pela equipe de comunicação das UPAs ao D’Ponta News mostram redução nas médias diárias das unidades Santa Paula e Santana, enquanto a nova unidade opera acima da capacidade prevista.
A estimativa considera o período de 4 a 30 de junho, a UPA Uvaranas registrou uma média de 253 atendimentos diários. A capacidade da unidade, segundo a meta contratual, é de 225 atendimentos por dia. O número representa uma média 12,4% acima da capacidade prevista.
Já a UPA Santa Paula, teve média de 320 atendimentos diários a partir de 4 de junho representando 5,3% abaixo da capacidade prevista, que é de 338 atendimentos diários.
A UPA Santana registrou média diária de 218 atendimentos no mesmo recorte, o que representa uma leve redução em relação à meta contratual de 225 por dia, ficando 3,1% abaixo da capacidade. Com a redistribuição, o total de atendimentos do mês de junho ficou assim dividido: 40% na Santa Paula, 32% em Uvaranas e 28% em Santana.
A equipe de comunicação das UPAs destaca que a abertura da unidade em Uvaranas foi fundamental para aliviar a sobrecarga nas outras duas unidades. “Nós estávamos atendendo muito acima da capacidade, principalmente na UPA Santana. Com a abertura da UPA Uvaranas, esses atendimentos se diluíram entre as unidades”, afirma.
Sobre a lotação acima da capacidade em Uvaranas, a equipe de jornalismo do D’Ponta questionou se a unidade não está dando conta de atender a alta demanda. A comunicação reconhece a alta busca por atendimento na UPA Uvaranas, mas cita que a unidade está conseguindo atender a demanda, apesar dos desafios. “Em relação se a unidade não está dando conta da demanda, isso é verdade e mentira ao mesmo tempo, dependendo do ponto de vista”.
A explicação é que, embora a demanda esteja acima da capacidade prevista, todos os pacientes são atendidos. “Verdadeiro, porque com uma quantidade muito acima da capacidade, acaba aumentando o tempo de espera para consulta e gerando todas aquelas situações de reclamações dos pacientes pela demora. Porém, é falso no sentido de que não atendemos à demanda, porque mesmo com um tempo de espera maior, todos são atendidos”, conclui.
A equipe reforça que a principal preocupação continua sendo a qualidade do atendimento. “O principal aspecto diz respeito à segurança e qualidade do atendimento, além da humanização”, finaliza.
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