A crise hídrica em Ponta Grossa segue afetando o abastecimento de água, com rodízios diários implementados pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A previsão é que o sistema de racionamento continue pelo menos até o dia 28 de fevereiro, enquanto medidas estruturais e emergenciais são realizadas para estabilizar a situação.
Desde o início de fevereiro, a Sanepar tem realizado manobras operacionais para equilibrar a distribuição de água em meio ao aumento do consumo, que subiu 25% devido às altas temperaturas. O rodízio atinge diversos bairros diariamente, com normalização gradativa durante as madrugadas. No entanto, moradores de áreas mais altas ou afastadas relatam dificuldades frequentes no restabelecimento do fornecimento.
A principal aposta para resolver a crise é a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Pitangui, cuja conclusão está prevista para abril. A obra deve aumentar a capacidade de produção em 15%, além da ativação de um novo poço para reforçar o abastecimento. Essas ações são vistas como essenciais para garantir maior segurança hídrica à população nos próximos meses.
De acordo com a Sanepar, as ondas de calor atípicas e chuvas irregulares têm pressionado os sistemas de captação e distribuição. Apesar de Ponta Grossa estar localizada sobre importantes aquíferos subterrâneos, como o Furnas, a infraestrutura atual ainda não consegue atender à demanda crescente da população.
Enquanto as obras não são concluídas, a Sanepar orienta os moradores a economizar água e priorizar atividades essenciais. A Prefeitura e a companhia continuam monitorando a situação e não descartam novos cortes temporários caso os reservatórios não se recuperem adequadamente.
Com as melhorias previstas para abril, espera-se que o abastecimento seja regularizado gradualmente, mas até lá, os moradores devem enfrentar restrições no fornecimento.
