A morte do pequeno Anthony Fernando Scheiffer de Araújo, de apenas dois anos, vítima de uma infecção generalizada por meningite – conhecida como meningococcemia -, comoveu Ponta Grossa nesta sexta-feira (2) e trouxe à tona a gravidade e a rapidez de evolução desta doença em crianças. O caso está sendo acompanhado pelas autoridades de saúde e gerou manifestações de familiares, profissionais e representantes públicos.
Segundo relatos, Anthony apresentou sintomas como febre, diarreia e vômito e foi inicialmente atendido no Centro de Atendimento à Criança (CaC), onde recebeu medicação e foi liberado para casa. Com a piora do quadro, o bebê foi levado às pressas para a UPA Santa Paula, já em estado grave. Após atendimento de emergência e estabilização inicial, foi transferido pelo SAMU ao Hospital Universitário Materno Infantil (Humai-UEPG), onde foi diagnosticado com meningite e intubado. Apesar dos esforços das equipes médicas, o óbito foi confirmado na manhã desta sexta-feira.
A meningococcemia, doença encontrada na criança segundo a administração da UPA, é uma forma fulminante de infecção causada pela bactéria Neisseria meningitidis, que pode provocar meningite e septicemia. A doença é caracterizada por evolução rápida, podendo levar à falência múltipla de órgãos e morte em poucas horas, especialmente em crianças pequenas. Os sintomas iniciais são muitas vezes inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce e pode atrasar o início do tratamento adequado. Mesmo com atendimento imediato, a letalidade permanece alta.
A fatalidade ganhou ainda mais repercussão após o vereador e médico Dr. Erick Camargo questionar, em suas redes sociais, a qualidade do atendimento e o modelo de gestão terceirizada da saúde municipal. Em resposta, a UPA Santa Paula, administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), emitiu nota esclarecendo que o bebê recebeu atendimento imediato e foi transferido ao hospital, onde evoluiu infelizmente para óbito.