A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deu as boas-vindas aos calouros do ano letivo de 2025, com uma série de atividades institucionais, realizadas pela gestão e os cursos. Ocorridas entre os dias 17 e 21 de fevereiro, as atividades envolveram calouros, veteranos, professores, centros acadêmicos, atléticas e as pró-reitorias de Assuntos estudantis (Prae) e de Graduação (Prograd). Os recém-chegados participaram de ações que aliaram o conhecimento à integração, cidadania e amizade.
A semana iniciou com as cerimônias de Acolhida Institucional, entre os dias 17 e 18 de fevereiro, nos campi Centro e Uvaranas, para os calouros de todos os cursos. O objetivo da ação foi trazer informações essenciais para os ingressantes sobre o andamento dos cursos, a política de permanência estudantil da UEPG, ações de combate ao assédio e preconceitos e apresentar as diversas oportunidades que a instituição oferece, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão.
Tempo de renovação. “A vinda de vocês representa a Primavera da Universidade”, celebra o reitor, professor Miguel Sanches Neto, na abertura do evento no Campus Uvaranas. “A UEPG agora é uma extensão das suas casas, e por isso, vocês devem fazer o melhor uso possível. Agora vocês carregam o sobrenome UEPG”, declarou. Para receber os alunos do Campus Centro, o vice-reitor, professor Ivo Mottin Demiate ressaltou o papel transformador da educação, e garantiu que a UEPG é p00orta de entrada para várias oportunidades para o mundo profissional.
A pró-reitora da Prae e coordenadora da Acolhida Institucional, professora Ione da Silva Jovino, exaltou o papel da UEPG para acolher seus alunos. “Nós estamos sempre de braços abertos para receber as demandas de vocês. Não hesitem em procurar ajuda para qualquer assunto que seja”. Ela também reforçou sobre os canais de atendimento da Prae. “Hoje é um rito de passagem, uma mudança de práticas e de vida para vocês. Se fizerem o seu melhor aqui, terão sucesso na vida”, afirmou o pró-reitor de Graduação, professor Miguel Archanjo de Freitas Junior, durante o evento.
A acolhida institucional também foi espaço para os acadêmicos, professores e egressos da UEPG compartilharem com as novas turmas as experiências vividas dentro da instituição e reforçarem a necessidade de garantir o melhor aproveitamento da vida universitária. A coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE), Maria Luane Martins de Ramos, acadêmica da licenciatura em Música, saudou os colegas: “Estamos em um lugar de muito prestígio e precisamos lutar para que cada vez mais todos e todas possam estar aqui conosco também”.
Realização de sonhos
Nathally dos Santos tem 18 anos. Ela é natural de Ipiranga, aluna de escola pública e foi aprovada para Agronomia. “Meu avô é agricultor aposentado, eu fiz curso técnico na área de agronomia no colégio e quero aprender mais sobre laboratórios e me especializar”, diz a nova acadêmica. Ela será colega de sala de Gilson de Jesus Carneiro, 30 anos, aluno de escola pública e morador de Carambeí. Ele é aluno deficiente auditivo sinalizado e entrou em Agronomia na UEPG após ter sido jovem aprendiz em uma cooperativa onde mora. “Estou realizando o sonho da minha vida! Quero aprender mais sobre plantas e laboratórios, trabalhar com pesquisa de grãos”, comentou.
No caso de Ana Clara de Oliveira, 17 anos, aluna de escola pública e moradora de Ponta Grossa, ela já tem uma irmã que formou-se em Jornalismo e a inspirou a estudar na UEPG, porém, no curso de Farmácia. “Sempre gostei da área forense e de cosmetologia e descobri que em Farmácia eu consigo trabalhar com essas áreas também. É um curso que eu queria muito fazer”, conta Ana. Ex-aluna de uma escola pública rural de São João do Triunfo, Emily Vitória Antunes escolheu Odontologia e completará 18 anos nos próximos meses. “É a realização de um sonho! Faz dois anos que eu esperava por esse momento. Sempre gostei muito dessa área de saúde. Estou gostando muito dessa recepção, dessa acolhida”, revela.
As atividades de integração desempenham papel fundamental para fortalecer o sentimento de pertencimento dos alunos dentro da instituição, afirmam calouros e veteranos. “Sei que aqui é o meu lugar, porque eu entendo que se quero ir longe, preciso de um bom ponto de partida, e tenho certeza que é a UEPG”, relata a caloura de pedagogia Isabele Maria de Lima. Ela confessa que o nervosismo que sentiu ao entrar pela porta foi substituído pelo carinho que recebeu de seus veteranos e professores: “Me sinto mais confortável em saber que tenho com quem contar nos próximos anos”.
Em seu ‘último primeiro dia’, o veterano do 5º ano de Direito, Henrique Cordeiro Ferreira, reforça o papel da integração para o bom desenvolvimento da vida universitária. “Estou ansioso para encerrar a minha etapa, mas também poder auxiliar quem está começando. Eu acredito que, quando você é calouro, fica mais fácil quando você comunica, integra e dialoga com os colegas e professores”. Na contagem regressiva para o fim da sua jornada na graduação, Henrique acredita que a principal dica que os veteranos, como ele, podem transmitir aos calouros é saber equilibrar a vida dentro e fora da universidade para melhor aproveitar a experiência.
Às vezes, os sonhos podem demorar um pouco mais do que o esperado para se tornarem realidade. É o caso do calouro em licenciatura em Física, Fernando Augusto de Oliveira Rosário. Ele conta que há cinco anos ingressou na UEPG no bacharelado em física, mas que por questões profissionais não conseguiu concluir o curso. “Sou concursado como eletricista na Prefeitura de Ponta Grossa e para mim fica mais fácil agora para terminar a licenciatura. No futuro, pretendo dar aula à noite e continuar com o meu cargo na prefeitura”, conta.
Além da acolhida institucional, cursos realizam ações específicas
Os calouros do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde (Sebisa) foram recebidos com muito conhecimento sobre os cursos e carreiras que escolheram, em apresentações feitas pelos departamentos e centros acadêmicos e atléticas, que receberam os novos alunos com muita empolgação. A Galeria de Arte da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex) se abriu para os novos alunos de Artes Visuais, que participaram de visita guiada pela mostra “A Arte da Artesania” e participaram de oficina artística.
Em Engenharia de Alimentos, houve a tradicional Pizza dos Calouros, que é feita com muito carinho por alunas do curso que fazem parte do Programa de Educação Tutorial (PET). Gabriela Tkaczuk, do terceiro ano, participou do preparo. Ela conta que todos no curso contribuem para a aquisição dos ingredientes e também existem alguns patrocínios. “A pizza é muito fácil de fazer, mas são em quantidades grandes. A gente quer acolher todos com uma pizza muito saborosa e com fartura”, explica.
Gabriela disse ainda que o PET da Engenharia de Alimentos promove diversas ações para a divulgação do curso para a comunidade externa e também para os próprios calouros. “Como o ensino médio é mais direcionado, a gente quer demonstrar o nosso mundo para os alunos ingressarem na Engenharia de Alimentos.”. Segundo Gabriel, no PET também são desenvolvidos cursos de segurança e análise para os acadêmicos. “Então, no primeiro ano, eles não tem tanto contato com matérias técnicas e o PET oferece curso de panificação, por exemplo, para que eles realmente queiram ficar na nossa Engenharia”, finaliza.
A integração acontece da sala de aula. Veteranos e calouros de Educação Física se enfrentam na tradicional Copa Calouro, realizada pela Associação Atlética Acadêmica Capetada, com apoio do Departamento do curso (Dedufis), entre terça e quinta-feira, no ginásio de esportes do Campus Uvaranas. Composta por diferentes modalidades, a Copa Calouro promove a interação entre as diferentes turmas de Bacharelado e Licenciatura por meio da competição amistosa.
Da torcida, a caloura Raíssa Ribas vibra por suas colegas em uma partida de basquete. “Não imaginei que meu começo seria dessa forma, eu já tive uma experiência anterior em outro curso e foi totalmente diferente. Acho que uma atividade como essa muda a imagem que a gente tem sobre a universidade e traz novos conhecimentos”. Raíssa declara ser apaixonada pela Educação Física e enxerga um futuro promissor com sua formação.
A UEPG se colore de alegria, com a participação dos calouros de Engenharia Civil. Sob coordenação da professora Nisiane Madalozzo, os futuros engenheiros pintaram a fachada do Bloco E, onde passarão os próximos cinco anos. Pintadas com as cores da Universidade, as novas paredes externas do bloco dão as boas vindas à nova turma do curso cinquentenário e preparam-se para receber os primeiros alunos de Arquitetura e Urbanismo da instituição.
O acadêmico Lucas Ribeiro Ramos descreve a atividade como uma ótima oportunidade de conhecer melhor a universidade na nova fase de sua vida. Ele revela que sua entrada reflete a inspiração na figura do seu pai, também engenheiro civil. “Este é um sonho que tenho desde pequeno, quando acompanhava meu pai em obras. Me formar e poder trabalhar com ele se tornou uma meta de vida”, celebra o calouro, que conta com altas expectativas sobre sua passagem pela UEPG.
A integração também é cidadã- a Associação Atlética Acadêmica das Engenharias Los Bravos, dos cursos de Engenharias da UEPG, realizou seu habitual Trote Solidário, que mobilizou calouros e veteranos na coleta de alimentos e produtos de higiene e limpeza para pessoas em vulnerabilidade social. Como parte do Trote, os calouros de Agronomia realizaram a revitalização da horta do Instituto João XXIII.
As informações são da Universidade Estadual de Ponta Grossa.