A Umbanda é uma das religiões que marcam a pluralidade do cenário religioso de Ponta Grossa. Presente em diversos bairros e atuando em terreiros como Caboclos da Lei e Pai José de Aruanda, a Umbanda se destaca pela riqueza de seus rituais, pela inclusão social e pela capacidade de adaptação às diferentes comunidades urbanas.
Nascida no início do século XX, no Rio de Janeiro, a Umbanda é resultado do sincretismo entre elementos africanos, indígenas, católicos e espíritas. Na prática, agrega o culto aos orixás, a veneração de entidades espirituais como caboclos e pretos-velhos, e rituais marcados por músicas, danças, uso de atabaques e oferendas. Em Ponta Grossa, as giras e sessões de incorporação realizadas nos terreiros mantêm vivas tradições ancestrais, promovendo não só a espiritualidade, mas também ações de acolhimento e ajuda à comunidade.
A história da Umbanda em Ponta Grossa é marcada pela diversidade étnica e cultural dos migrantes que vieram à cidade, o que permitiu o florescimento de diferentes práticas religiosas. Terreiros atuam como espaços de cura espiritual, orientação e resgate cultural, enfrentando, porém, preconceito e desafios no diálogo inter-religioso. Ainda assim, a Umbanda fortalece sua presença ao promover valores de caridade, respeito à diversidade e solidariedade, sendo reconhecida como parte do patrimônio cultural brasileiro.
Além da dimensão religiosa, a Umbanda contribui para a identidade local por meio de festas típicas, música, culinária e participação em debates sobre direitos humanos e combate à intolerância. O respeito à Umbanda não significa apenas aceitar a fé dos outros, mas valorizar a construção de uma sociedade mais plural e aberta à riqueza das tradições que formam Ponta Grossa.