“Sei que a missão é de Deus. Nosso Senhor Jesus quem chama, a Igreja que envia, Nossa Senhora, a quem eu sou consagrada, acompanha e o Espírito Santo conduz. Não crio expectativas além dessas porque sei que tudo será conduzido pelo Nosso Senhor”. Assim, Luciane da Luz Bracisiewrcz define a experiência de sua ida para a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau, na África. Ela embarca no próximo dia 25. Sua missa de envio aconteceu, ontem (17), às 10 horas, na matriz da Paróquia São Roque, em Ventania, da onde participa desde que nasceu. O bispo Dom Sergio Arthur Braschi foi quem presidiu a celebração de envio.
Luciane tem 51 anos, é leiga consagrada a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Divorciada, é mãe de três filhos e tem três netos. Faz parte da Legião de Maria, do Apostolado da Oração e da Pastoral da Criança, citados por ela como movimentos, por natureza, missionários. É ministra da Palavra e da Eucaristia. Também já coordenou a Pastoral de Animação Bíblico-Catequética da paróquia. “Sou católica desde que nasci. Meus pais me deixaram essa herança. Sempre participei da igreja. Ainda que meus pais não participassem, eu lembro de eu ir sozinha desde os meus seis anos de idade”, conta.
A missa de envio foi concelebrada pelo coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, padre Joel Nalepa; pelo pároco da Paróquia São Roque, padre Adevilson Dias de Lara; pelo reitor do Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, padre Valter Roberto Pereira; pelo guineense, padre Luís Paulo da Costa Monteiro; e pelos diáconos Eduardo Aparecido de Oliveira e Pedro de Almeida Vascove. Estavam presentes seus familiares, amigos, a coordenadora do Conselho Missionário Diocesano, irmã Hermelinda Ruschel, representantes do Conselho Missionário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima/Ponta Grossa, a coordenadora diocesana da Infância e Adolescência Missionária, Sueli Guimarães, lideranças e seminaristas diocesanos.
Em sua homilia, dom Sergio falou sobre a importância de enviar missionários para outras terras. “Por meio do Batismo, Jesus nos faz missionários, porém alguns são escolhidos para a missão de forma mais profunda”, disse o bispo. Ele também destacou que o missionário só faz missão se for enviado pela Igreja. “É a Igreja que envia. A comunidade é que envia e esse envio é o apoio dado ao missionário. A diocese de Ponta Grossa se alegra, imensamente, por mais uma vez estar colaborando com o envio de uma missionária”, afirmou dom Sergio.
Após a homilia, Luciane foi chamada até o presbitério, onde dom Sergio estendeu as mãos sobre ela e rezou a oração de envio missionário. Em seguida, ele abençoou a cruz e o Novo Testamento, na língua crioula, e os entregou à missionária. Esses são os símbolos que acompanham o missionário que parte em missão. “Toda nossa Igreja no Paraná vem trabalhando para despertar nos fiéis a consciência de que, pelo Batismo, todos nós somos missionários. E isso, graças a nossa missão no país da Guiné-Bissau, na África. Nós ficamos muito felizes, como Diocese de Ponta Grossa, de termos mais uma missionária da nossa diocese sendo enviada para lá”, disse dom Sergio. O bispo recordou que os primeiros missionários, enviados no ano de 2014, foi o casal diácono Pedro Lang e sua esposa Salete Lang.
Na missa a Luciane, o bispo Dom Sergio e o padre Luiz Paulo, de Guiné Bissau, rezaram juntos a oração da Ave Maria em crioulo.
Segundo o pároco, padre Adevilson, o envio de Luciane é motivo de grande alegria para a paróquia e vem trazer um impulso renovador. “O envio da nossa paroquiana vem somar com o que já temos buscado: sermos uma Igreja missionária em nossa realidade local. Entre nossas ações, sempre buscamos sair ao encontro dos necessitados para levar a Palavra de Deus, para acolher, para escutar as pessoas, exercendo a caridade e vivendo a compaixão, como bons samaritanos. Esse envio vem fortificar e dar mais clareza para a comunidade de que todos nós somos missionários”, afirmou o padre.
Padre Joel Nalepa afirmou que a Diocese de Ponta Grossa possui uma relação muito afetiva, fraterna e comprometida com a Missão São Paulo VI, na Guiné-Bissau. “Mesmo nos períodos em que não temos nenhum missionário da Diocese lá, essa missão é lembrada e considerada com muito carinho por todos nós. Acredito que isso é reflexo do jeito de ser pastor de dom Sergio, que é uma pessoa apaixonada pela missão e comprometida com a Igreja do Paraná”, disse padre Joel.
No próximo sábado, dia 23 de setembro, acontecerá a celebração de envio missionário, em nível Regional, em Londrina, com a presença de todo episcopado paranaense, que estará reunido por ocasião da 43ª Assembleia do Povo de Deus.
da assessoria
