A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União), expressou críticas a um protesto realizado em frente à sede da Sanepar na cidade, nesta terça-feira (18). A manifestação foi organizada pela população em resposta à persistente falta de água em Ponta Grossa, que já dura há três dias e afeta cerca de 70% do município. No entanto, Elizabeth destacou a importância de abordar a crise de forma séria e unida, sem politizar o problema.
Em uma postagem nas redes sociais, a prefeita enfatizou a necessidade de defender a cidade e sua população sem recorrer ao proselitismo ou populismo. Ela defendeu que as compensações da Sanepar devem ser exigidas com seriedade e diálogo, em vez de organizar protestos que possam ser vistos como oportunismo político. “Menos politicagem. Mais união por Ponta Grossa”, ressaltou.
A informação foi rebatida duramente pelos organizadores da manifestação, que afirmaram que ninguém tentou ser salvador da pátria, muito menos envolveu política. “A população se uniu e se reuniu para cobrar da Sanepar. Desde o início, falamos que não queríamos nenhum político nos representando, nem nada do tipo”, afirmou um dos manifestantes.
Ponta Grossa enfrenta uma crise hídrica desde janeiro de 2025, com faltas recorrentes de água em diversos bairros. A Sanepar atribuiu o problema ao alto consumo e ao calor, mas tem sido criticada por não investir suficientemente no saneamento básico da cidade. A prefeita Elizabeth Schmidt tem aplicado sanções contra a empresa, incluindo multas pesadas, e solicitou que a Sanepar estude a possibilidade de isenção tarifária para o período afetado.
Nesta terça-feira (18), deputados estaduais se reuniram com a direção da Sanepar para discutir a crise hídrica. A empresa comprometeu-se a realizar um estudo sobre a possibilidade de reduzir ou isentar a tarifa de água para o período afetado, mas somente após a normalização do abastecimento. Enquanto isso, a população organizou um protesto que começou em frente à sede da Sanepar, exigindo ações imediatas para resolver a crise.