Sexta-feira, 26 de Julho de 2024

D’P Cena Local: Perfil socioeconômico de Ponta Grossa

2023-10-23 às 17:03
Foto: Divulgação

Confira dados sobre a economia do município e curiosidades sobre a sociedade ponta-grossense

Por Elisângela Schmidt

Desde o Caminho das Tropas até a construção da estrada de ferro, Ponta Grossa sempre foi exemplo de desenvolvimento comercial, econômico e social. O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) divulgou recentemente uma pesquisa estatística que comprova esse fato e demonstra o crescimento do município. Segundo o estudo, Ponta Grossa está na 62a posição no ranking dos 100 municípios mais ricos do Brasil, com um PIB total de R$ 17,27 bilhões e um PIB per capita (aquilo que cada habitante teria do total de riquezas que são produzidas no país) que passou de R$ 44.361,09 para R$ 48.615,15. Com isso, o município se mantém como a 7ª maior economia do Paraná.

Esse desenvolvimento começou há muito tempo, demonstrando a força de trabalho dos cidadãos. Com a característica imigração de povos russos, alemães, poloneses, italianos, holandeses, ucranianos, sírios e libaneses, os 358.838 habitantes princesinos têm etnias marcadas por esses povos, com 245 mil brancos, 56 mil pardos, 8,4 mil pretos e 516 indígenas. A população é composta, em sua maioria, por mulheres, que representam cerca de 51% dos 311.611 habitantes censitários. Desse total, 76.548 são crianças de até 14 anos e, aproximadamente, 213 mil pessoas estão na faixa dos 15 aos 64 anos, caracterizando uma população adulta, em fase de transição.

Diferente do que ocorria em outras gerações, a família brasileira não pensa mais em ter um time de futebol dentro de casa. Na mesma tendência nacional, os ponta-grossenses também têm uma composição familiar mais reduzida. Em sua maioria, as famílias locais são compostas de três pessoas (31%), enquanto famílias com mais de seis pessoas, por exemplo, ocupam o último lugar na listagem e representam apenas 4.662 de um total de 90.764 famílias, segundo pesquisa do IBGE.

Uma das referências do município é o atrativo para comerciantes e trabalhadores. Atualmente, são cerca de 95 mil pessoas empregadas. O comércio é o setor que registra a maior parte dos empregos, com 29 mil pessoas, principalmente voltado para a reparação de veículos automotores e motocicletas, seguido da indústria de transformação (que transforma matéria-prima em produto final), com 17.928 pessoas, de um total de 139 mil trabalhadores.

Em relação à educação nacional, o índice de analfabetismo no Brasil caiu de 6,1% para 5,6% em 2022. Para combater o analfabetismo e proporcionar educação de qualidade para os alunos, atualmente Ponta Grossa conta com 263 instituições de ensino público e privado para formação básica, incluindo creches, e 4.476 professores. Ao todo, são 82 mil alunos matriculados, dos quais 19 mil estão em escolas particulares e 62.738 em escolas públicas.

Quando se fala em ensino superior, são sete faculdades particulares e uma estadual. Mas o ensino a distância veio contribuir para o aumento desses números. Segundo dados do MEC e do INEP, em 2021 foram feitas 10.914 matrículas e 1.340 alunos concluíram o ensino superior a distância. Considerando também o ensino presencial, ao todo foram realizadas 29.430 matrículas, mas apenas 4.908 conseguiram concluir os cursos.

Dois índices que também demonstram a evolução do poder econômico são a ocupação e a aquisição de imóveis e a quantidade de veículos rodando nas ruas de Ponta Grossa. Na cidade, 74 mil pessoas possuem casa própria; em contrapartida, apenas 13 mil imóveis são alugados. Com uma frota total de 229 mil veículos, os automóveis são predominantes, com 137 mil carros, seguidos das motos (26.386) e caminhonetes (20.455).

Os índices apresentados demonstram o desenvolvimento e a transformação que Ponta Grossa apresentou nas últimas décadas, superando muitos desafios, como a pandemia de COVID-19 e diferentes crises econômicas.

Conteúdo publicado originalmente na Revista D’Ponta #297