Uma instituição que cresceu no mesmo ritmo que a cidade de Ponta Grossa, o Colégio Sagrada Família completa 90 anos de sua fundação, ocorrida em fevereiro de 1933. Naquela ocasião, havia cerca de 38,5 mil habitantes na cidade – população nove vezes menor do que a atual. Três religiosas franciscanas da ordem Sagrada Família de Maria – as irmãs Melânia, Joanina e Boeslava – atenderam à solicitação de Dom Antônio Mazzarotto, primeiro bispo de Ponta Grossa, para que viessem à cidade.

De início, ainda que com desafios, mas com fé e perseverança, as irmãs se dedicaram ao ensino dos filhos de imigrantes poloneses. Logo, em sintonia com o carisma de seu fundador, São Zygmunt Felinski, que orientou as suas filhas espirituais a manterem o coração e as portas abertas a quem as procurassem, decidiram acolher na instituição todos que pretendessem buscar uma educação fundamentada no Evangelho.

Com fidelidade à sua missão de formar cidadãos agentes, conscientes e críticos, transformadores e ousados, capazes de corresponder às exigências da vida moderna e de revitalizar o espírito de família e a vivência de valores humanos e cristãos, o Sagrada Família acolheu e instruiu gerações sucessivas de ponta-grossenses. O colégio possui relevante destaque pelas suas atividades culturais, esportivas e educacionais, desempenhadas por profissionais compromissados com uma educação ética, social e transcendental.

O Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa foi fundado em 1933 e se tornou referência em educação na cidade

Trabalho conjunto

A tradição do ensino traz como fórmula do sucesso, ao longo de nove décadas, o diálogo entre todos os agentes da comunidade escolar. “A meu ver, o Sagrada cresceu e se desenvolveu com a cidade de Ponta Grossa, e o sucesso do colégio se deu no passado e continua se dando graças ao trabalho conjunto das direções, educadores e comunidade escolar. Cada direção respeitou as possibilidades da sua época, buscou dar o melhor de si e manteve o grupo de educadores motivados e comprometidos com a educação”, avalia a diretora Irmã Edites Bet.

Como diferenciais pedagógicos, o Colégio Sagrada Família oferece, hoje, o uso de tecnologias interativas, aliadas ao ensino de qualidade e a relações humanitárias saudáveis. “A nossa filosofia se fundamenta nos valores da vida e do Evangelho, com o compromisso de educar para que o aluno Sagrada se desenvolva com liberdade na dimensão humana, espiritual, intelectual e sociocultural, e cresça sendo cidadão atuante, autônomo, seguro e feliz”, detalha.

Transformações

Na visão da diretora, as principais transformações que mais afetaram as formas de se pensar o ensino foram as inovações metodológicas e tecnológicas, às quais o colégio se adaptou com prudência e sucesso. “O Sagrada acolheu inúmeros desafios e, com equilíbrio, resiliência e êxito, superou as dificuldades e encontrou novas formas de projetar-se para o futuro”, afirma.

Sempre atento às tendências da sociedade e aos desafios da educação contemporânea, o Sagrada compreende que as novas demandas requerem dos gestores e educadores o equilíbrio inspirador para um novo jeito de usufruir os benefícios do conhecimento e conviver socialmente de maneira saudável. Um dos objetivos da instituição é que o educando use o conhecimento como ferramenta de desenvolvimento. Desse modo, o colégio busca formar seres humanos apaixonados pela ciência e cientistas apaixonados pelo ser humano.

O Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa foi fundado em 1933 e se tornou referência em educação na cidade

Protagonista do bem

Para além da instrução formal, o Sagrada preserva em seu conteúdo didático-pedagógico também a formação humana e espiritual. “O colégio busca oportunizar aos seus alunos uma educação em todas as dimensões da existência humana, preservando, ao longo dos seus 90 anos, o espírito de família, justiça e solidariedade, bem como o amor e o respeito a Deus, às pessoas e à pátria”, explica a diretora.

De acordo com ela, diuturnamente, o aluno Sagrada Família tem a oportunidade de interiorizar uma mensagem de vida e esperança, que o motiva a ser protagonista do bem junto a colegas, professores, familiares e ambientes sociais.

Diálogo respeitoso

Ainda que seja um colégio católico, o Sagrada Família integra a fé cristã a seu currículo de modo a respeitar a diversidade religiosa existente entre os alunos. “Procuramos integrar a fé cristã aos valores de uma educação de qualidade tendo como premissa o respeito e o diálogo sincero e leal com os alunos e famílias que professam e vivenciam outras crenças. Da compreensão, carinho e o amor de uns para com os outros nascem a compreensão e a arte de bem viver e conviver”, explica.

Brilho e progresso

Como peça importante do desenvolvimento da cidade, ao participar da formação de gerações de ponta-grossenses que se destacam nos mais variados segmentos, Irmã Edites parabeniza Ponta Grossa pela chegada de seus 200 anos. “Com reconhecimento e gratidão por tudo o que vivi junto a este bom povo, sentindo-me uma cidadã ponta-grossense, desejo que esta cidade brilhe aos olhos do mundo e o progresso aconteça sob as bênçãos e graças de Deus”, declara.

Eficiência e zelo

Além da matriz localizada na avenida Visconde de Taunay, 101, o Colégio Sagrada Família possui outras três unidades. Inaugurada em 1997, a Sede Auxiliadora, na Vila Marina, constituiu a primeira expansão da instituição. Em 2009, foi aberta a unidade de educação infantil no Jardim Castanheira, denominada São Zygmunt. Mais tarde, a instituição adquiriu o antigo Colégio São José e formou mais uma unidade. A equipe pedagógica é composta de uma direção geral, três direções auxiliares e 12 pedagogas. “Com eficiência e ilibado zelo, os profissionais desenvolvem os necessários serviços na gestão pedagógica e educacional”, destaca Irmã Edites.

Hoje, o Sagrada Família atende a alunos desde o maternal até o Terceirão, além de cursos pré-vestibulares. Desde 2011, a instituição também oferece ensino superior, com cursos de graduação e pós-graduação, através da Faculdade Sagrada Família (FASF). A rede Sagrada Família possui ainda unidades em Santo Antônio da Platina (PR), Ipiranga (PR), Palmeira (PR), Mandaguari (PR), Brasília (DF), Axixá (TO) e Curitibanos (SC).

Conteúdo publicado originalmente na Revista D’Ponta #297