A ginecologista, Dra. Adriana Lopes, ressaltou a importância do Outubro Rosa, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (10).

Outubro Rosa

O Outubro Rosa é conhecido mundialmente como o mês que alerta a população sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Ele é marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção dessa doença, e a importância de se ter um diagnóstico precoce.

“Esse mês serve como um gatilho para as mulheres ‘darem um start’ nos cuidados relacionados à prevenção ao câncer de mama. Então durante o mês de outubro, as mulheres que ainda não fizeram os seus exames de rotina possuem esse ‘start’ de fazê-los devido à campanha”, explica a Dra. Adriana. “Essa campanha em massa que é feita traz para o nosso consultório mulheres que eventualmente nunca tinham feito os exames de rotina”, acrescenta.

A realização da mamografia ainda é um tabu?

A mamografia é considerada o método mais eficaz para a detecção precoce do câncer de mama, porém a especialista aponta que ainda existe uma resistência de algumas mulheres para a realização desse exame.

“Ainda existem alguns preconceitos, que são colocados de uma maneira errônea para a mulher, e ela interpreta isso como sendo verdadeiro e às vezes encontramos dificuldades em quebrar esses paradigmas. Não é incomum as mulheres se recusarem a fazer o exame de mamografia”, alerta a ginecologista.

Quando começar a fazer a mamografia

Ela pondera que a rotina para a mulher começar a fazer a mamografia é a partir dos 40 anos. “Se ela possuir um histórico de câncer de mama familiar ou caso apareça algum nódulo que o ultrassom identifique que precise dessa complementação, essa rotina deve ser antecipada”, afirma.

A Dra. Adriana também comenta que existem alguns mitos que asseguram que a realização da mamografia por várias vezes pode desencadear em um câncer de mama. “Isso não é uma verdade. Nós estamos falando de um exame que você fará anualmente e te trará uma tranquilidade para o resto da vida, porque a mamografia e o ultrassom são exames complementares. Cada exame tem uma afinidade maior para determinado tecido da mama, então ambos se complementam”, pontua.

“O objetivo é identificar alguma possível lesão antes que ela seja palpável e que a gente comece a perceber. Isso acontece porque quanto mais precoce você identifica uma lesão e diagnostica se ela tem o potencial maligno, o tratamento precoce será menos doloroso, sofrido e o mais importante é que terá uma perspectiva maior de cura”, complementa.

A especialista aponta que o objetivo com essas campanhas durante o Outubro Rosa é quebrar alguns paradigmas e orientar as mulheres a fazer a mamografia. “Não é difícil a mulher ter acesso a esse exame e é importante quebrarmos um paradigma bastante enraizado em nós mulheres. Nós temos a certeza de que a mamografia é um exame que nos trará muita dor e muito desconforto, mas eu falo para as pacientes que isso é muito individual e o desconforto passa, e o que é importante é fazer a prevenção”, finaliza.

Serviço

Você pode acompanhar a Dra. Adriana Lopes pelo instagram.

Confira a entrevista completa: