Quinta-feira, 15 de Maio de 2025

“É muito importante você buscar o método de intervenção para que a criança com o transtorno do espectro autista se desenvolva”, destaca neuropsicopedagogo de PG

2023-08-18 às 16:50

O neuropsicopedagogo, Leonardo Costa, abordou o transtorno do espectro autista (TEA) e inclusão, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (18).

TEA

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

“Nos dias de hoje, temos uma grande demanda de tratamento e de trabalho com crianças diagnosticadas com autismo. Ele é um transtorno do neurodesenvolvimento que acomete algumas habilidades como a linguagem, comportamento e cognição da criança”, explica Leonardo. “O diagnóstico desse transtorno é realizado a partir de análise clínica e necessita de vários profissionais. Quando falamos em transtorno é necessário entender que não temos ainda definido exatamente o que gera o autismo, mas temos estudos científicos que demonstram que 80% das características e componentes genéticos são advindos da genética”, acrescenta.

Leonardo aponta que os estudos relacionados ao espectro autista são recentes e continuam sendo realizados para que exista um maior conhecimento sobre ele. “Entretanto como temos esses diagnósticos muito mais acessíveis, nos dias de hoje, é preciso também entender que ele está sendo estudado ainda. Temos os diagnósticos de autismo, a partir do século XIX. Anteriormente a isso, não se existia conhecimento sobre o transtorno, e era colocado como uma deficiência cognitiva. Foi o que aconteceu com todas as crianças que pertenciam ao espectro”, ressalta. “Quando falamos em espectro é justamente isso, algo que não temos mapeado e definido ainda exatamente o que gera, mas enquanto ciência e conhecimento temos justamente essas características genéticas que contribuem para o surgimento do autismo”, assegura.

Inclusão

O especialista destaca que nos dias de hoje existe muita informação e conhecimento acessível para as pessoas, e a inclusão é muito importante para o desenvolvimento dessas crianças, que possuem o espectro autista.

“Existem crianças dentro do espectro extremamente desenvolvidas, e tudo varia de acordo com a estimulação que será conduzida com aquela criança. Muitos pais acabam pegando o seu diagnóstico e não buscam as intervenções, e somente o diagnóstico não desenvolverá a criança”, pondera. “O profissional que diagnostica essa criança precisa também recomendar terapias especializadas. Nós temos hoje como ciência a terapia comportamental, que é a mais evidente para tratamentos de autismo e deficiência intelectual”, complementa.

Intervenções

Segundo Leonardo, a busca pelo método de intervenção possui extrema importância para a inclusão e desenvolvimento da criança que possui o espectro autista. “Na primeira infância temos plasticidade cerebral, que é a capacidade da criança aprender novos comportamentos. Então existem intervenções que trabalharão justamente os prejuízos que essa criança tem, sejam na linguagem, interação social ou comportamentais”, aponta. “É muito importante você buscar esse método de intervenção para que essa criança se desenvolva”, complementa.

Quando essas intervenções não são realizadas, ele destaca que a criança pode ter alguns prejuízos. “Em alguns casos, em que a intervenção não foi buscada, o cérebro acaba não se desenvolvendo e evoluindo. A partir disso aparecem as comorbidades do autismo e os prejuízos que esse transtorno desencadeará com a criança”, finaliza.

Serviço

O neuropsicopedagogo, Leonardo Costa, atua na R. Euzébio de Mattos, 39 – Oficinas. O seu telefone para contato é: (42) 9 8832-8082.

Confira a entrevista completa: