Em entrevista exclusiva ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na manhã desta terça-feira (4), o cirurgião bucomaxilofacial, Roberto Jabur, falou sobre os cuidados com as lesões na boca e a diferença entre os cigarros tradicionais e eletrônicos.
Popularmente conhecido como bucomaxilo, o cirurgião é um profissional da odontologia que promove o tratamento cirúrgico de patologias da cavidade bucal, traumatismos da face, além de deformidades dentofaciais, tumores e afins.
Câncer de boca
Roberto pontua que o câncer de boca é mutilador, porque ele afeta os lábios e o interior da boca, além de ser um dos tumores mais comuns no Brasil e no mundo. “A principal causa dessas mutilações é o diagnóstico tardio. Diante dos fatos, estamos ‘batendo muito nisso’, porque os pacientes necessitam de um diagnóstico precoce para que essas lesões sejam identificadas antes de virar um câncer”, ressalta.
O especialista pontua que aos seus olhos a odontologia está criando um caminho obscuro e isso o traz uma preocupação. “Hoje muitos pacientes procuram um dentista com o objetivo de aumentar o lábio, fazer harmonização facial ou algum procedimento afim. Eu não sou contra esses procedimentos, porém a odontologia está perdendo a essência do diagnóstico”, pondera. “É necessário chegar para a consulta e passar por uma anamnese. O dentista precisa avaliar a sua boca, o fundo da garganta e o fundo de vestíbulo, que é o local onde a gengiva termina”, complementa.
Cigarro eletrônico
Jabur assegura que o país passará por uma epidemia, nos próximos 10 anos, relacionada ao consumo do cigarro eletrônico, conhecido popularmente como vape. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar, porém é comum observar jovens o consumindo em festas e afins.
Ele aponta que também é professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e que estão desenvolvendo pesquisas que identificam que é trágico o futuro da geração que consome cigarro eletrônico. “Nós não recomendamos que as pessoas fumem o cigarro convencional, porque o melhor é não fumar. Mas o que é possível identificar é que talvez o cigarro convencional faça menos mal do que o vape“, afirma.
O bucomaxilo explica que o consumidor do vape realiza 200 puffs por hora. “Isso significa que esse consumidor estará inalando 200 vezes aquela fumaça por hora, sendo que cada 50 puffs é equivalente a uma carteira de cigarro”, pondera. “Dessa forma, essa pessoa estará consumindo quatro carteiras de cigarro sem ter o malefício do cheiro e ‘constrangimento social’. Isso faz com que muitos jovens aumentem o consumo do cigarro eletrônico. Devido a isso, nos próximos 10 anos viveremos uma epidemia de câncer de pulmão, boca e orofaringe”, assegura.
Serviço
Roberto Jabur atende na Av. Bpo. Dom Geraldo Pellanda, 638 – Uvaranas; e o telefone para contato é: (42) 3027-5011.
Acompanhe o trabalho do cirurgião bucomaxilofacial no Instagram.
Confira a entrevista completa: