Domingo, 13 de Outubro de 2024

Educação musical proporciona concentração e socialização às crianças, destaca fonoaudióloga Angelita Rocha

2024-01-24 às 17:33
Foto: Moisés Kuhn/D’Ponta News

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (24), a fonoaudióloga Angelita Rocha falou sobre educação musical e as áreas em que a fonoaudiologia pode atuar.

A profissional explica que a educação musical vai além de ensinar a parte rítmica, acordes e notas musicais, mas abrange o conhecimento de toda a história da música. Além disso, a educação musical é destinada para o público em geral, mas pode ser inserida desde a infância.

“As crianças têm mais concentração, socialização, aprendem um pouco mais de trocas através da música. É destinada para todo o público, porém a educação, assim como a escola, começa desde pequenos, começa com a musicalização, que é diferente da educação musical, é uma forma mais lúdica de ensinar música para bebês, crianças, até idade escolar. A partir da idade escolar, já começam a ler, escrever, aí começam ser inseridas as notas musicais, um pouco mais complexo”, conta.

Áreas da fonoaudiologia

O fonoaudiólogo tem a função de capacitar e reabilitar toda a questão envolvida com a comunicação do sujeito, conforme explica Angelita. “Por exemplo, se você não ouve bem, não vai conseguir se comunicar, pessoas idosas por exemplo, que não querem sair de casa mais, o barulho fica muito alto ou não escuta, ela se isola. Tem fonoaudiólogo que trabalha somente com a parte auditiva, com aparelhos auditivos, tem outros que trabalham com a disfagia, que é reabilitação da pessoa mais idosa ou que sofreu um acidente e não consegue deglutir. A deglutição alterada, altera também a comunicação, respiração”, diz.

Existe também a fono educacional, que trabalha em escolas, auxliando crianças que possuem dificuldade na fala. “Tem fono que trabalha em hospital, com criança, bebês, na amamentação, porque tem criança que não pega o seio, então trabalham com a parte da sucção que é importante na formação da criança”, acrescenta.

E a fonoaudiologia da voz, que é a área em que Angelita atua. “Trabalho com profissionais da voz, com pessoas que querem trabalhar a oratória, a articulação, a qualidade vocal”, comenta.

Cuidados com as pregas vocais

“Se todo mundo soubesse como funciona a voz, se todo mundo visse a imagem das pregas vocais e soubesse que a das mulheres têm, cada uma, porque são duas pregas vocais, na altura do pescoço, são de 1 a 1,5 centímetro cada uma, e a dos homens até 2 centímetros, ninguém gritava e nem abusava da voz como é feito”, completa.

Ela explica que as pregas vocais são cobertas por uma mucosa e a partir do momento que a pessoa começa a gritar, ou até tossir demais, bate uma prega contra a outra. “São abusos vocais que acabam machucando a voz. O refluxo é uma questão que machuca muito a voz, esse líquido volta do estômago até a garganta e aí queima a prega vocal. Aí começa com problemas de rouquidão”, comenta.

Existe voz feia?

Segundo Angelita Rocha, não. “Precisamos ajustar o equilíbrio da voz. Afinação é outra coisa, cantar bem, afinado é uma questão de percepção auditiva, nós fazemos através de exercícios vocais”, diz.

“O treino é muito importante nesse momento. Para evoluir no canto, tem que exercitar, ouvir música. Desmembrar a música, separar o baixo, a guitarra, o teclado, primeira voz, segunda voz, separar tudo o que tem de ornamento na música, aí consegue ter essa percepção”, afirma.

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Confira a entrevista completa: