Familiares de Terezinha de Fátima Silveira, de 58 anos, moradora de Ponta Grossa, iniciaram uma campanha por meio de uma rifa para arrecadar fundos com o objetivo de custear uma biópsia particular para a mãe, que enfrenta graves problemas de saúde e não pode esperar por muito tempo por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). A família deseja juntar R$ 2.000 reais com a venda dos números da rifa. O exame é essencial para o diagnóstico preciso do câncer nos ossos e assim ser possível  dar início urgente do tratamento. De acordo com a filha de Terezinha que prefere não se identificar, a biópsia custa R$ 904 reais mas durante o tratamento, ainda será necessário adquirir outros medicamentos que custam R$195 reais cada. A quantidade necessária só será definida e o tratamento iniciado somente após a realização do exame. Como tudo começou De acordo com a familiar, a luta começou ainda em 2023, quando Terezinha passou a apresentar quedas frequentes e dores, sintomas que agravaram a saúde física e emocional dela. Na época, a filha precisou deixar o trabalho para cuidar da mãe e de seu filho pequeno. Inicialmente, os sintomas foram atribuídos a problemas no nervo ciático. A busca por respostas envolveu diversas consultas, tanto no SUS quanto na rede particular, com o intuito de avançar o processo do diagnóstico. Após alguns exames na rede particular, Terezinha recebeu o diagnóstico de fibromialgia. Entretanto, os sintomas se intensificaram através da perda de peso, crises de glicemia e episódios de anemia, situações que a levaram a buscar atendimento urgente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Através de publicações nas redes sociais, a familiar demonstrou a situação de sua mãe antes da enfermidade e como ela está atualmente. A situação se agravou neste ano, quando uma ressonância revelou um câncer com metástase óssea. O tratamento, porém, só poderá ser iniciado após a realização de uma biópsia, que tem fila extensa no SUS, de acordo com informações da filha. "Me informaram que há uma fila de espera para a realização desse exame e que vão chamando conforme a disponibilidade", revela. De acordo com a familiar, o pedido para o exame de Terezinha foi feito em 11 de abril e até o momento, não obtiveram retorno. A metástase óssea acontece quando as células do câncer se desprendem do local onde a doença começou e vão, através do sangue, se fixar e crescer em algum osso. Desde que recebeu o diagnóstico da mãe, a filha relata que sua vida virou de cabeça para baixo. Ela descreve a dor de ver a mulher que sempre foi sua melhor amiga, conselheira e parceira de risadas perder, dia após dia, a vitalidade. “Ela sempre foi uma mulher trabalhadora, guerreira, que criou os filhos sozinha”, afirma. Apesar do sofrimento, a familiar diz que tem tentado se manter firme, pois além da mãe, cuida também dos três filhos. “Tem dias que não aguento vê-la assim, mas peço a Deus todas as noites que restaure sua saúde e que não permita que ela sofra mais”, desabafa. Adquira um número da rifa Diante da urgência, a filha de Terezinha decidiu lançar rifas para arrecadar recursos e realizar o exame na rede particular. Os prêmio são R$ 300 em dinheiro e três sessões de massagem com uma profissional do ramo que é sua vizinha e se solidarizou com o caso. Cada número custa R$ 10, e a família gostaria de vender os números até o dia 20 de junho pois Terezinha tem um exame de ressonância marcado no dia. "Para minha mãe retornar com o especialista, ela precisa estar com todos os exames solicitados em mãos. Se ela não tiver esses exames, eles não marcam o retorno e ela continua indo até a Santa Casa para tomar medicação e voltar para a casa", fala. Os interessados em adquirir um número da rifa podem entrar em contato diretamente com a familiar por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp através do número (42) 9 9929-6427. Em meio as dificuldades, a filha agradece quem puder ajudar e destaca que toda ajuda é válida. “Agradeço de coração a quem puder colaborar. Qualquer ajuda é bem-vinda e fará muita diferença na vida da minha mãe e da nossa família”, diz emocionada. Por Camila Souza.