O clima político em Ponta Grossa esquentou após a prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) acusar o deputado estadual e ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD) de disseminar fake news sobre o reajuste do IPTU. A polêmica ganhou força nas redes sociais, especialmente após uma publicação de Rangel afirmando que a prefeitura planeja aumentar o imposto em 50%.
Em 2021, a Câmara Municipal rejeitou um projeto enviado pela prefeita que previa a atualização da Planta Genérica de Valores e poderia resultar em aumento de até 50% no IPTU. O projeto foi derrotado após pressão popular, mas voltou à pauta em 2025 com o chamado “Plano de Ajuste Fiscal PG”, que propõe corrigir uma defasagem de quase 50 anos nos valores venais dos imóveis. Segundo a prefeitura, o impacto do reajuste será limitado a 50% em 2026, mas só para quem tiver maior defasagem; a partir de 2027, os aumentos seguirão a inflação.
O embate entre Elizabeth Schmidt e Marcelo Rangel é marcado por um rompimento político recente. Rangel, que apoiou a prefeita em sua eleição, tornou-se um dos principais críticos da atual gestão. O debate sobre o IPTU é apenas um dos capítulos dessa disputa, que envolve acusações mútuas de má gestão, fechamento de órgãos públicos e escândalos do passado.
A Prefeitura de Ponta Grossa apresentou um novo Plano de Ajuste Fiscal que prevê a atualização da Planta Genérica de Valores (PGV), utilizada para calcular o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Segundo a administração municipal, a atualização é necessária porque os valores venais dos imóveis estão defasados há quase 50 anos, o que gera distorções na cobrança do imposto.
O secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, explicou que a atualização é recomendação do Tribunal de Contas do Estado e que a arrecadação de Ponta Grossa está muito abaixo de outros municípios do mesmo porte. A expectativa é arrecadar até R$ 48 milhões a mais em 2026, com a nova base de cálculo.