Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

“Faço parte de um grupo, não faço nada sozinho, essa é a grande diferença”, declara Rangel sobre pré-candidatura a prefeito de PG

2024-03-04 às 10:53
Foto: Moisés Kuhn/D’Ponta News

Ao ser questionado se conversou com o governador Ratinho Junior antes de se declarar pré-candidato a prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel afirma que sim. “Faço parte de um grupo, não faço nada sozinho, essa é a grande diferença”, dispara. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (4).

O secretário de Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná, afirma que trabalha para o governador e que possui um compromisso com o governo do Estado. “Se ele me disser para eu não ser candidato, eu vou respeitar. No momento adequado eu vou falar para a população de Ponta Grossa, quais foram os motivos pessoais, motivos importantes da minha vida que me fizeram tomar essa decisão”, revela. “Eu não vou desistir [de ser candidato a prefeito]. A gente respeita porque isso faz parte da democracia, estamos no mesmo partido”, acrescenta.

Marcelo Rangel ainda afirma que mesmo tendo algumas diferenças de opiniões, valoriza os resultados positivos da atual administração municipal. “Uma vez ela me disse o seguinte: eu vou cumprir a minha missão como prefeita, quatro anos, os compromissos de quatro anos foram cumpridos, eu nunca a critiquei, mesmo tendo diferenças de opiniões com relação a algumas questões que foram realizadas, eu nunca interferi na adminsitração da prefeita Elizabeth. Tenho que valorizar as coisas positivas, principalmente na economia, a cidade tem uma outra realidade, saímos de R$ 400 milhões para 2 R$ bilhões. Eu fico pensando, como prefeito, o que eu poderia fazer com R$ 2 bilhões na conta para transformação da cidade”, diz.

“Nunca interferimos nas decisões da prefeita”

Rangel diz que Elizabeth tem independência completa no mandato. “Nós nunca interferimos nas decisões da prefeita, assim como ela nunca ligou para mim falando que eu devia fazer ‘isso’, porque ela é a prefeita e a gente respeita isso acima de tudo. Nesse sentido é que a gente poderia estar mais próximo”, relata.

Segundo Marcelo Rangel, durante a campanha dele a deputado estadual, também houve “algumas situações, mas nada grave”. “Importante dizer que não estou aqui para ser um adversário destrutivo de quem quer que seja, aliás, nem dos meus outros adversários, porque nessa nova fase da minha vida, você perdoa até mesmo aquelas pessoas que te fizeram muito mal. Os meus processos que eu estava movendo, e que já eram vitoriosos, eu retirei. E adversários históricos, ou seja, nesse momento eu penso: posso fazer algo diferente, democraticamente, participando de uma eleição (a eleição nunca é fácil, eleição é uma coisa difícil), mas eu sei que como prefeito eu poderia fazer muito mais, pelo menos três vezes mais do que eu fiz na época que eu era prefeito, porque a cidade de Ponta Grossa hoje está em uma nova condição”, acrescenta.

Decisão do partido

Como Rangel e Elizabeth integram o mesmo partido político, o Partido Social Democrático (PSD), a decisão sobre quem será candidato à prefeitura de Ponta Grossa deverá ser tomada em conjunto. “Nós temos um partido que toma uma decisão. Provalvmente vai ser decidido em uma prévia, ou uma conversa com o grupo ou com a prefeita. Como eu falei, eu represento o governador, eu falei com o governador da minha intenção de poder mostrar um trabalho diferente”, pontua.

“Eu fui prefeito por dois mandatos, mas agora estou mais maduro, estou com 53 anos, fui secretário de estado e deputado por três mandatos. Quando nós saímos candidato a prefeito, não sabíamos sequer o que era empenho, hoje nós temos uma outra realidade, uma cidade entre as mais ricas do Brasil, isso tem que ser valorizado. Não estou aqui para fazer críticas. Alguns posicionamentos me deixaram um pouco triste, principalmente com relação ao transporte público, saúde, educação”, comenta.

Assista à entrevista completa: