O Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) promoveu, na última segunda-feira (14), uma capacitação voltada aos profissionais da unidade para qualificar o atendimento a mulheres em situação de violência. O objetivo foi orientar as equipes sobre como identificar os sinais de agressão e como proceder diante desses casos.

A atividade foi conduzida pela psicóloga Beatriz Aparecida Schmitz de Oliveira, diretora do Departamento da Mulher da Prefeitura de Ponta Grossa. Segundo ela, com os novos conhecimentos adquiridos, os servidores poderão oferecer um atendimento ainda mais qualificado à população. “Com o treinamento, os técnicos poderão compreender o que é a violência doméstica e intrafamiliar contra a mulher, uma vez que existem diversos tipos de violência de gênero. Sabendo disso, conseguirão identificar para onde encaminhar as vítimas”, esclarece.

A psicóloga também ressalta que “entre os caminhos possíveis para o combate à violência contra a mulher estão ações como a formação realizada. Nós transmitimos uma informação, que é repassada para outras pessoas, que é disseminada e contribui para que outras mulheres possam ter noção da situação de violência que estão vivenciando e dos direitos que possuem”, explica.

Representando a Guarda Municipal, estiveram presentes os guardas Josué Maia Batista, Angela Cristina de Souza Galvão e Maricleia Palczuk, que integram a Patrulha Maria da Penha, um serviço de prevenção e repressão à violência doméstica contra a mulher. “Nós compartilhamos um pouco do que o município oferece no combate à violência doméstica, para essa mulher que busca atendimento no Humai e que está passando por essa situação em seu lar”, comenta a guarda Angela Cristina.

Trabalho Contínuo

A diretora-geral do Hospital Universitário, Fabiana Postiglione Mansani, explica que, devido ao trabalho contínuo de formação técnica, o complexo hospitalar da UEPG já vem se tornando referência na 3ª Regional de Saúde, na qual Ponta Grossa é a principal cidade. “Tanto para o atendimento materno-infantil, quanto para o geral, todas as pessoas que sofrem violência e que buscam atendimento médico são direcionadas para os hospitais universitários da UEPG”, comenta.

Para se manter como modelo de atendimento especializado, Fabiana afirma que os profissionais dos vários setores estão em “constante revisitação dos conteúdos, dos fluxos e das formas de atendimento, principalmente levando em consideração a necessidade da humanização, que é de extrema importância”, completa.

Desde 2022, os hospitais da UEPG – o Humai, que atende o público infantil, e o Hospital Universitário (HU-UEPG), voltado para adolescentes e adultos – seguem um protocolo de atendimento às vítimas de violência. Este documento orienta os profissionais sobre como identificar possíveis casos de agressão, especialmente contra os grupos mais vulneráveis, com acolhimento e prevenção.

da assessoria