Terça-feira, 15 de Abril de 2025

Kike é absolvido novamente por Tribunal do Júri em Ponta Grossa

Kike, dono do Araxá Poker Clube, teve casos julgados e encerrados após ser alvo de operação policial em 2019
2025-04-10 às 13:53
Reprodução

O empresário Carlos Henrique Santos Fortes, conhecido como Kike, foi absolvido nesta quinta-feira (10) após dois dias de análise do Tribunal do Júri de Ponta Grossa, encerrando mais um capítulo de um caso polêmico que se arrasta desde 2019. Kike era acusado de envolvimento na tentativa de homicídio de Maicon Rulian do Prado, ocorrida em maio daquele ano.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), o crime teria sido motivado por uma suposta “queima de arquivo”, já que Maicon seria testemunha de outro homicídio atribuído ao empresário. No entanto, a defesa argumentou que, com a absolvição anterior no caso do homicídio, não havia motivos para que Kike atentasse contra a vida da vítima.

A decisão desta quinta-feira reafirma a inocência do empresário, que já havia sido absolvido no caso do homicídio de Lincoln Fernando Oliveira Silva no mês passado. O MPPR optou por não recorrer das decisões anteriores, consolidando o resultado dos julgamentos.

Araxá Poker: de clube esportivo a centro de polêmicas judiciais

O Araxá Poker Clube, localizado na Rua Balduíno Taques, em Ponta Grossa, já foi considerado um dos principais clubes dedicados ao pôquer na região. Funcionando de segunda a sábado, o espaço oferecia ambientes variados e uma equipe profissional voltada para competições e jogos recreativos. Contudo, o clube tornou-se centro de polêmicas após investigações criminais que revelaram atividades ilícitas ligadas ao estabelecimento.

Em junho de 2019, o Araxá Poker foi alvo de uma operação da Polícia Civil que resultou na prisão de três pessoas, incluindo o sócio-proprietário Carlos Henrique Santos Fortes, conhecido como “Kike”. As acusações incluíam envolvimento em homicídios e tráfico de drogas. Durante a ação policial, foram apreendidos quase 900 gramas de cocaína, armas de fogo e diversos itens relacionados ao tráfico. Segundo as autoridades, o clube funcionava como uma base para atividades criminosas que incluíam assassinatos por aluguel e disputas comerciais.

Entre os casos investigados está o homicídio de Lincoln Fernando Oliveira Silva, ocorrido em março de 2019. De acordo com a Polícia Civil, Kike teria contratado Lincoln para eliminar um concorrente no mercado local. Após a recusa de Lincoln em realizar o crime e devolver os itens fornecidos para a ação, outro atirador foi contratado para executar Lincoln. A investigação também apontou que um amigo da vítima, que possuía informações sobre o caso, foi alvejado em uma tentativa de homicídio.