De acordo com a legislação federal, os bancos preferenciais no transporte coletivo são destinados a idosos, gestantes, lactantes, pessoas com deficiência, obesos e adultos acompanhados por crianças de colo reais. A polêmica envolvendo o uso de bonecas reborn para acessar esses assentos ganhou destaque após casos em que pessoas tentaram utilizar o benefício apresentando bonecas realistas como se fossem bebês.
Nos últimos dias, a Prefeitura de Curitiba reforçou que mães ou responsáveis por bebês reborn não têm direito ao banco preferencial, pois o benefício é exclusivo para situações em que há uma criança de verdade sob cuidado do adulto. A legislação não reconhece bonecas reborn como motivo legítimo para o uso de assentos prioritários, e o uso indevido pode ser alvo de críticas e até de propostas legislativas para coibir a prática.
O bebê reborn é uma boneca hiper-realista criada para se parecer com um bebê de verdade, tanto na aparência quanto no peso e no toque. O termo “reborn”, do inglês, significa “renascido” e faz referência à técnica artesanal que transforma bonecas comuns em réplicas impressionantemente realistas de recém-nascidos. O processo de produção envolve pintura detalhada em camadas para simular pele, veias e manchas, além do implante de fios de cabelo um a um e a escolha de olhos e acessórios que imitam os de um bebê real.
Essas bonecas podem ser feitas de vinil ou silicone, materiais que garantem flexibilidade, textura macia e peso semelhante ao de um bebê humano. Os detalhes são tão minuciosos que incluem dobrinhas, marcas de nascença, unhas e até cheirinho característico de recém-nascido.
Além de brinquedo, o bebê reborn é utilizado como instrumento terapêutico, especialmente em situações de luto gestacional, infertilidade, solidão ou doenças como Alzheimer. Muitas pessoas também colecionam essas bonecas ou as usam para promover representatividade, criando modelos com diferentes características físicas, como deficiência auditiva ou traços de Síndrome de Down.