Segunda-feira, 12 de Maio de 2025

Médica veterinária comenta sobre os benefícios da microchipagem de animais

2025-05-12 às 12:10
Edu Vaz/ D’Ponta News

Nesta segunda-feira (12), a médica veterinária Lígia Laís Rodrigues da Silva, da Criativa Pet & Agro, participou da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM) e falou sobre os benefícios e os mitos da microchipagem em cães. Segundo ela, o procedimento é essencial para garantir a identificação dos animais, principalmente em casos de fuga ou perda.

Lígia explicou que o microchip é um dispositivo eletrônico de pequeno porte que é introduzido de forma subcutânea e permanente no animal. Ela esclareceu que “a microchipagem serve para a identificação do animal” e que o dispositivo não precisa de manutenção após a aplicação.

As informações contidas no microchip são armazenadas em um banco de dados e associadas a uma sequência numérica que pode ser consultada por meio de um site específico. Essa sequência permite acessar dados como o nome do tutor, o histórico de vacinação e detalhes do animal. Com um scanner, o microchip é lido em clínicas veterinárias. Em caso de fuga, por exemplo, se o animal for encontrado e levado até uma clínica, a identificação do tutor é facilitada. Lígia orienta que quem encontrar um animal perdido deve levá-lo a uma clínica, pois lá existe o equipamento necessário para a leitura do microchip.

Ela também desmistificou algumas dúvidas comuns. Apesar do termo “implantação”, o procedimento é simples e semelhante a uma vacina. “O microchip vem dentro de uma agulha e é introduzido por baixo da pele. Não há necessidade de sedação, anestesia, ponto ou repouso após o procedimento”, explicou. A dor é leve a moderada e bem tolerada por cães e gatos, que são liberados logo após a aplicação.

A veterinária alertou que a microchipagem é obrigatória para viagens internacionais. Qualquer cão ou gato que for sair do Brasil precisa de um Certificado de Viagem Internacional (CVI), e esse documento só é emitido após várias etapas, incluindo vacinação, exames e a microchipagem. Por isso, ela reforça a importância do procedimento não só para a segurança, mas também para o cumprimento de exigências legais.

Um dos equívocos mais comuns é acreditar que o microchip funciona como rastreador GPS. “Isso é um mito. Muitas pessoas procuram o microchip com esse objetivo, mas infelizmente não é possível”, afirmou.

A profissional explicou que, para rastreabilidade em tempo real, seria necessário um dispositivo com bateria, o que tornaria inviável a implantação subcutânea devido ao tamanho. Para quem deseja esse tipo de recurso, há rastreadores específicos que podem ser acoplados à coleira do animal, com recarga de bateria e conexão a aplicativos.

O custo da microchipagem varia entre R$150 e R$250, e a aplicação é única, com duração permanente. Para Lígia, o principal benefício da microchipagem é a segurança e a possibilidade de o animal ser identificado caso se perca. Além disso, o microchip pode armazenar informações sobre vacinas e datas de reforço. Outro ponto destacado foi a responsabilização do tutor. “Uma vez que o microchip tem os dados do tutor, ele é o responsável pelo cuidado daquele animal”, concluiu.

Acompanhe a entrevista na íntegra: