Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024

“O tabagismo ainda é responsável pela maior incidência de câncer no mundo”, ressalta o Dr. Pedro Buiar

2024-02-22 às 15:35

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (22), o médico oncologista, Dr. Pedro Grachinski Buiar, comentou sobre a neoplasia benigna e maligna.

Neoplasia maligna

O especialista destaca que quando se fala em câncer está falando sobre uma neoplasia maligna. “Existe uma diferença entre uma neoplasia benigna e maligna. A primeira fica restrita, geralmente nascendo em um ponto e podendo [ou não] crescer sem a capacidade de se espalhar para a corrente sanguínea ou outros órgãos”, afirma. “A segunda tem a capacidade de crescer, invadir as veias e entrar na corrente sanguínea do paciente e ir para outros órgãos. Crescendo em outros órgãos ele consegue debilitar a pessoa, a fazendo emagrecer e roubando a energia e nutrientes dela. Em decorrência disso, por vezes, ele compromete órgãos vitais”, complementa.

O Dr. Pedro pontua que quando um câncer, que está em um órgão específico, se espalha para outros órgãos acaba deixando o paciente mais debilitado. “Por exemplo, quando um câncer de mama se espalha e vai para o pulmão, fígado ou cérebro e crescendo nesses outros locais, o paciente começa a ficar cada vez mais debilitado”, pondera.

Mutação das células

O oncologista explica que, na maioria dos casos, o que diferencia um tumor maligno de um benigno é a mutação que essa célula sofre inicialmente. “O nosso corpo é cheio de células, então elas funcionam como se o nosso corpo fosse uma fábrica com vários componentes e a maquinaria funcionando. Elas desempenham inúmeras funções e cada uma possui uma receita [um código] para o funcionamento dessa fábrica”, assegura. “Quando esse código sofre uma alteração é como se uma das páginas de uma receita fosse descartada e isso pode fazer com que a fábrica saia do eixo”, complementa.

Ele ressalta que essas alterações são mutações no DNA que possibilitam o surgimento de uma célula cancerígena. “Essa fábrica desregulada faz com que as células comecem a crescer e se multiplicar de uma maneira desordenada formando o câncer. A principal diferença do tumor maligno para o benigno é essa, devido a ele ter muito mais alterações genéticas e com uma agressividade maior”, aponta.

Influência do estilo de vida

O Dr. Pedro afirma que entre 40 e 60% dos casos de câncer maligno no mundo são preveníveis. “Isso significa que nós poderíamos estar fazendo algo para evitá-los. Então o estilo de vida das pessoas possui uma grande importância no processo de evitar essa doença”, ressalta.

Para cada tipo de câncer existem os fatores de risco específicos que podem ser evitados através do cuidado das pessoas. “Um exemplo é a exposição solar e radiação ultravioleta (UV) em excesso sem o uso de protetor solar, que é o principal fator de risco para o melanoma maligno, que é o câncer de pele com o maior índice de mortalidade”, pondera.

O especialista pontua que existem três fatores de risco que são muito presentes na sociedade. “O tabagismo ainda é responsável pela maior incidência de câncer no mundo. A obesidade e o consumo excessivo de álcool também são fatores de risco que estão presentes na vida de muitas pessoas”, finaliza.

Serviço

O Dr. Pedro Buiar atende na R. Cel. Francisco Ribas, 638 – Centro; e o telefone para contato é: (42) 3026-5400.

Confira a entrevista completa: