Com o crescente uso de plataformas digitais para transações financeiras, os golpes eletrônicos, em especial os relacionados ao PIX e outras ferramentas de pagamento, têm se tornado cada vez mais frequentes. Golpes financeiros envolvendo a plataforma devem gerar prejuízos de até R$ 11 bilhões (US$ 1,937 bilhão) anualmente para bancos e consumidores brasileiros nos próximos três anos, conforme relatório divulgado nesta terça-feira (21) pela empresa de pagamentos em tempo real ACI Worldwide, em parceria com a consultoria GlobalData. Fraudes com o sistema de pagamentos instantâneos devem crescer 39% em relação aos R$ 2,2 bilhões registrados em 2023, ainda de acordo com o levantamento. Até 2028, a estimativa é que o Brasil seja responsável por um quarto do prejuízo global, ultrapassando US$ 7,6 bilhões (mais de R$ 44 bilhões).
De acordo com o advogado e vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Ponta Grossa, Rubens Cesar Teles Florenzano, esses crimes são classificados como uma espécie de estelionato denominado de fraude eletrônica. As consequências legais para quem pratica estas condutas, caso sejam identificados e condenados, podem ser severas, com penas que variam de 4 a 8 anos de prisão.
Em entrevista ao D’Ponta News, Florenzano destaca que é de suma importância a vítima comunicar imediatamente o crime à autoridade policial. Entretanto, ele também alerta que a solução desses crimes ainda enfrenta desafios. “Infelizmente, o índice de solução deste tipo de crime é baixo”, aponta.
Uma das principais recomendações de Florenzano é que as vítimas salvem todos os registros das conversas e comprovantes de transferências realizadas. “A vítima deve salvar todas as conversas e comprovantes de transferências realizados, entregando-os à autoridade policial”, afirma.