Durante a manhã desta quarta-feira (19), a gerente geral da Sanepar na região sudeste, Simone Alvarenga, foi entrevistada no programa ‘Manhã Total’ e trouxe detalhes sobre as ações da companhia para resolver os problemas de falta de água em Ponta Grossa. Entre os principais pontos abordados, Simone destacou o reforço no bombeamento e a conclusão de uma obra de grande porte que, em breve, vai aumentar a produção de água em 15% na cidade.

Novo reforço no abastecimento
Simone explicou sobre a obra que está prestes a ser concluída e que promete melhorar a capacidade de captação de água em Ponta Grossa. “Estamos muito próximos de terminar uma obra bem importante que vai aumentar a captação do Rio Pitangui. Hoje, a nossa produção é de 1.080 litros por segundo. Pegamos 340 litros no Alagados e 740 litros no Pitangui”, afirmou.

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A obra consiste na construção de uma adutora de 7 km, que já está finalizada, além de um novo sistema de filtragem e tratamento de água, também concluído. “No entanto, a água precisa chegar, e há uma complexidade até mesmo em questão da topografia de Ponta Grossa. A instalação de um reservatório intermediário, chamado de RHO, é fundamental para equilibrar as pressões no momento do abastecimento. Esse equipamento está em fabricação e será entregue em março”, explicou Simone. Com a instalação de todos os novos sistemas, a obra deverá incrementar a produção de água em 15% nos próximos 60 dias.

Simone ressaltou que esses investimentos são parte de um planejamento de longo prazo. “Esses investimentos não acontecem de um dia para o outro. O sistema de abastecimento tem um Centro de Controle Operacional que monitora os níveis dos reservatórios diariamente”, disse. A obra no Tibagi, de maior complexidade, será estruturante para o fornecimento de água até 2029.

Manobras de racionamento em PG
Sobre a falta de água que tem afetado a cidade, Simone pediu desculpas à população e explicou que a situação não é ideal para ninguém. “Pedimos desculpas por essa situação que estamos passando, não é agradável para ninguém e não é o que desejamos”, afirmou. Ela ainda comentou que o aumento no consumo devido ao calor excessivo, agravou a situação. “Essa condição muda o comportamento das pessoas que consomem mais água, o que tem impacto direto na situação”, explicou.

Em relação ao racionamento de água, Simone detalhou as manobras adotadas para garantir a distribuição. “O sistema de Ponta Grossa é dividido em cinco grandes reservatórios. Por exemplo, a região de Uvaranas é atendida por dois reservatórios, e a distribuição é feita de forma que evite acúmulos de dias sem abastecimento”, disse. A Sanepar está fazendo ajustes diários e dividindo a cidade em grupos para minimizar os impactos.

Água branca
Em relação a queixas sobre a qualidade da água, Simone explicou que, durante a retomada do abastecimento, pode ocorrer a formação de microbolhas que causam um aspecto esbranquiçado na água. “Quando a gente pressuriza a água, isso gera turbilhonamento e microbolhas, o que dá a impressão de que a água está esbranquiçada. Mas isso é uma reação do ar”, explicou. Ela também orientou que a população entre em contato com a Sanepar caso perceba qualquer outro problema de qualidade, para que a companhia tome as devidas providências. Para entrar em contato com a empresa, é possível ligar no 08002000115.

Obras avançam com o crescimento da cidade
A gerente da Sanepar também falou sobre os investimentos que têm acompanhado o crescimento da cidade de Ponta Grossa, incluindo a construção da adutora e do reforço no bombeamento. “Essa obra não é pequena, ela tem bastante complexidade, com um custo de 27 milhões de reais. Já finalizamos a parte de assentamento das tubulações e estamos quase finalizando o tratamento da água”, afirmou.

Além disso, Simone explicou como a Sanepar tem se preparado para o futuro. “Os investimentos acompanham o crescimento da cidade. Estamos antecipando a obra do Tibagi justamente por isso, para garantir que a infraestrutura de abastecimento acompanhe a demanda crescente”, concluiu.