A encenação que reproduz os últimos passos de Jesus na Terra é um espetáculo emocionante e que todos os anos toca o coração de milhões de pessoas pelo mundo. Na Diocese, três paróquias encenam a Paixão de Cristo há muitos anos: em Ponta Grossa, a Nossa Senhora de Fátima; em Castro, a São Judas Tadeu, e, em Irati, o grupo de jovens franciscanos da Capela São Francisco de Assis, da Nossa Senhora da Luz. Na comunidade ponta-grossense, a encenação acontece há 40 anos, ainda que tenha sido suspensa em 2014, 2015 e 2016, e, os três anos da pandemia de Covid 19 (2020, 2021 e 2022).
O espetáculo inicia às 19h30, no campo atrás da matriz da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Vila Cipa, no bairro de Oficinas. São duas horas de duração de uma apresentação preparada por leigos da própria paróquia, 80% oriundos da matriz e os demais vindos das comunidades. Em torno de 120 pessoas trabalham na organização, que envolve a coordenação, os responsáveis pelo cenário, a equipe de figurino e a de divulgação. “São quatro costureiras que estão fazendo roupas novas e costurando as peças que precisam de reparos. Nossa equipe de divulgação está trabalhando a todo o vapor, colando cartazes no comércio, nas paróquias e buscando espaço nos veículos de comunicação”, comenta o coordenador da comunidade matriz e um dos coordenadores do evento, Renan Bianco.
Quem quiser acompanhar a encenação pode levar um quilo de alimento não perecível, que será doado à Campanha da Fraternidade de 2023. “Com a equipe atual, fazem quatro anos que estamos organizando. A última vez que fizemos foi em 2019, antes da pandemia, quando a encenação reuniu em torno de cinco mil pessoas. Em 2017, 2018 e 2019 sempre tivemos a presença do nosso bispo Dom Sergio Arthur Braschi). Ficamos três anos sem fazer, em 2020, 2021 e 2022 por conta da pandemia. Estamos retornando esse ano”, detalha Bianco, citando que os ensaios ocorrem desde o início da Quaresma, em todos os finais de semana. A encenação reúne atores desde crianças até idosos.
Este ano, foram incrementadas algumas falas, principalmente, no trecho em que Judas ‘vende’ Jesus por 30 moedas de prata. “As pessoas estão super-ansiosas. Muita gente perguntando. Estamos com uma expectativa de grande público. Esperamos receber mais de cinco mil pessoas, entre moradores e visitantes de outras cidades, como nos últimos anos. Em 2019, mais de quatro mil pessoas acompanharam a encenação que rememora a via crucis de Cristo, do seu calvário até a crucificação. A produção é totalmente elaborada pela comunidade, com o apoio da Prefeitura.
“Queremos fazer uma encenação muito bonita para tentar mostrar às pessoas, chegar o mais próximo possível do que aconteceu com Jesus há mais de dois mil anos”, ressalta o coordenador. Neste sábado (1º), o penúltimo ensaio acontecerá às 10 horas. O último será no domingo, às 16 horas. O local do teatro deixou o pátio da matriz e se transferiu para os fundos da igreja, em um campo atrás da Casa da Criança Irmãos Cavanis. No pátio, a capacidade era de três mil pessoas. Agora, o lugar pode abrigar cerca de sete mil pessoas. Também este ano não haverá a participação da Cavalaria da Polícia Militar.
da assessoria
