“Façam-na conhecida no mundo inteiro”. A frase com o pedido do Papa Pio IX aos missionários Redentoristas, em 1866, foi lembrada pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi hoje, na celebração de acolhida do ícone peregrino de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Paróquia São José/Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O ícone passará praticamente um ano pelo território diocesano em comemoração aos 180 anos da Liga Católica Jesus, Maria e José no mundo e ao centenário da Diocese, que começa a ser festejado este mês.

“Supliquemos a intercessão e proteção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, aqui simbolizada por esse ícone que é uma réplica fiel do original mantida na igreja de Santo Afonso, em Roma. O quadro com o ícone foi um presente do Papa Pio IX aos padres Redentoristas, a quem pediu que fizesse conhecida essa devoção no mundo inteiro. E assim eles o fizeram”, recordou Dom Sergio, dizendo ser uma grande alegria receber o ícone na abertura do mês de Maria, no dia de São José e do trabalhador. “Peçamos proteção, inspiração a ele, o carpinteiro, escolhido para ser o pai terreno do filho unigênito do Pai. Jesus que ficou conhecido, inclusive, como ‘filho do carpinteiro’ pelos que se referiam a Ele assim, meio que para tentar desfazer os milagres e prodígios que Jesus realizou”, destacou o bispo.

Cantando lindamente sobre São José em dois momentos da celebração, Dom Sergio, que é dado a trabalhos manuais em suas horas de lazer, contou que sempre pede a ajuda do santo. “Quando há coisas que não estou conseguindo entender, fazer, diante da minha pouca capacidade, peço a intercessão dele e sempre sou atendido. São José que, se fosse hoje, seria, com certeza, um engenheiro. Porque, como carpinteiro, ele entendia de muitas coisas. Era ele a quem os moradores, os exércitos, os donos de carruagem recorriam, sempre que havia um problema”, comentou.

Ícone

O bispo agradeceu a coordenação diocesana da Liga Católica e aos liguistas que foram buscar o ícone em Campos dos Goytacazes (RJ), dia 28, pedindo aos devotos e integrantes das diversas federações presentes à missa que divulguem a peregrinação. “Falem do ícone para seus familiares, amigos, colegas de trabalho…Ele está aqui para festejar os 98 anos da Liga na Diocese e também o centenário da Diocese, em maio de 2026, que começa a ser comemorado este ano. No dia 10 agora, inclusive, o ícone sairá aqui da São José e será recebido na Catedral. Vamos acolhê-lo oficialmente na Catedral”, informou Dom Sergio.

Padre Casemiro Oliszeski, pároco da São José e reitor do Santuário, citou que são dois ícones, na verdade, um maior e um menor. O quadro grande ficará a maior parte do tempo na igreja e o menor é que será levada nas visitas a residências, empresas, ao Asilo São Vicente de Paulo, à Associação Artesanal do Excepcional de Ponta Grossa… A Paróquia São José/Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi a primeira do Paraná a ter um grupo da Liga Católica, em 1934. Por isso a comunidade foi escolhida para acolher o ícone.

O ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro vai passar por todas as paróquias de Ponta Grossa, Castro e Telêmaco Borba, permanecendo de dez a 12 dias em cada uma delas. A definição das datas da peregrinação será feita em acordo com o pároco. O ícone fica até abril na Diocese.

Liga

No grupo que esteve no Rio de Janeiro buscando o ícone estavam ao diretor espiritual da Liga Católica, diácono Mário Cequinel; a coordenadora diocesana, Alzira Padilha, Lucineia da Silva, liguista da Paróquia Nossa Senhora do Pilar, e o casal Ernani e Danuta Colesel. Ela, Danuta, foi a primeira mulher presidente da Federação de Ponta Grossa, no final da década de 90. Ficou quatro anos respondendo pela presidência.

“Por ser um movimento visto como mais voltado para homens, foi aos poucos que as mulheres foram aparecendo, entrando. E eu tive a felicidade de ser a primeira mulher presidente da Federação aqui. Fui muito bem aceita por todos. Fizemos um bonito trabalho. Logo em seguida, passei a presidência, mas permaneci na diretoria. Vivi e ajudei na comemoração dos 100 anos da Liga”, relembra, afirmando que a grande dificuldade foi – e ainda é – aumentar a participação. “Evangelizar nunca foi fácil. Foi preciso ir atrás de liguistas, proporcionar voltas, fortalecer a Liga. Muito gratificante! Só tenho a agradecer a Deus por essa maravilha que aconteceu na minha vida”, enfatizou.

O casal Ernani e Danuta participa da Liga Católica na Capela Santa Cruz, na Vila Cristina, que pertence à Paróquia São Sebastião.

da assessoria