Movimentos de defesa da população em situação de rua realizarão uma mobilização em Ponta Grossa nesta quinta-feira (27) para cobrar soluções da Prefeitura e da Câmara Municipal. O ato, organizado pelo Movimento Nacional da População de Rua – núcleo Paraná, o Instituto Nacional de Direitos Humanos da População de Rua e o Centro Estadual de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis, tem como principal reivindicação a reabertura do Centro POP na cidade.
A concentração está marcada para as 13h em frente à Prefeitura, seguida de uma caminhada até a Câmara Municipal. Os manifestantes buscam sensibilizar a prefeita Elizabeth Schmidt e os vereadores sobre a urgência de retomar os serviços suspensos do Centro POP, cuja interrupção deixou pessoas em situação de rua desassistidas.
Leonildo José Monteiro Filho, coordenador nacional do Movimento Nacional da População de Rua, destaca que o objetivo vai além da reabertura do Centro POP: “É urgente pensar uma política municipal de habitação e inclusão produtiva que tire as pessoas da condição de abandono em que se encontram”.
A mobilização conta com o apoio da Escola de Fé e Política Magnifica e do Conselho Nacional do Laicato do Brasil – Diocese de Ponta Grossa. Roberto Mistrorigo Barbosa, da Escola, afirma que há mais de 500 pessoas em situação de rua em Ponta Grossa, ressaltando a importância do Centro POP como praticamente a única estrutura pública de atendimento direto a essa população.
Os organizadores também planejam buscar apoio do Judiciário e do Ministério Público para garantir os direitos da população em situação de rua na cidade. A mobilização visa não apenas a reabertura do Centro POP, mas também a implementação de políticas mais amplas de moradia e geração de renda para essa população vulnerável.
O D’Ponta News entrou em contato com o Executivo municipal para questionar sobre o funcionamento do Centro Pop. “A estrutura de atendimento à população de rua é o Centro Pop. Os atendimentos a essa população ocorrem atualmente na sede da FASPG e em outros locais, como no Restaurante Popular e no Albergue Noturno, ao lado do antigo Hospital 26 de Outubro. Os atendimentos estão em andamento. Já os CREAS são voltados para atendimentos em casos de violações de direitos de outros públicos, como idosos, crianças e mulheres”, afirmou a nota.