A Prefeitura de Ponta Grossa, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), segue avançando na elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU), que vai orientar o manejo, a conservação e a ampliação da cobertura verde da cidade. A fase de diagnóstico, iniciada em 2024, já avaliou 19.108 árvores em diferentes bairros do município.

De acordo com o balanço atualizado neste mês de setembro, a equipe técnica de campo já concluiu a varredura em bairros como Centro, Ronda, Uvaranas, Órfãs, Nova Rússia, Neves, Estrela, Bairro Novo e Contorno, e atualmente realiza os levantamentos no Jardim Carvalho. Do total de árvores analisadas, 17.408 estão vivas, enquanto foram identificadas 706 árvores mortas. Os técnicos também registraram 994 tocos que necessitam de destoca e mapearam 29.457 pontos potenciais para novos plantios.

Entre as espécies mais encontradas estão Ligustro, Aroeira Salsa e Extremosa, cada uma representando cerca de 8% do total. Apesar do Ligustro ser considerado como espécie exótica invasora, os dados mostram que 47% das árvores avaliadas pertencem a espécies nativas, 34% a espécies exóticas e apenas 19% a exóticas invasoras – estas últimas representam risco à biodiversidade local e exigem atenção especial.

De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Carla Kritski, os números reforçam a importância de um plano de manejo contínuo, que inclua a substituição progressiva de espécies inadequadas, o controle das invasoras e o enriquecimento florístico da cidade.

“O diagnóstico mostra a urgência de equilibrarmos a arborização urbana, substituindo espécies de risco e ampliando os plantios com árvores nativas como Jerivá, Sibipiruna, Ipê e Pitangueira. Dessa forma, vamos tornar o ecossistema urbano mais resiliente, sustentável e benéfico para toda a população”, destaca a secretária. “Nosso Plano de Arborização é estratégico para o futuro de Ponta Grossa. É com ele que vamos garantir mais sombra, biodiversidade, qualidade de vida e bem-estar para os moradores”, completa.