Uma situação de injúria no Ferry Boat, em Guaratuba, envolvendo uma moradora de Ponta Grossa que passa férias no Litoral, chegou a conhecimento da polícia nesta semana.
Conforme informações do boletim de ocorrência a que o Portal D’Ponta News teve acesso, a vítima tem um filho autista e, na última terça-feira (14), ao tentar atravessar na embarcação para Guaratuba, solicitou prioridade devido à condição da criança que estava em início de uma crise de surto.
Segundo o relato, mesmo com a identidade e laudo médico do filho em mãos, o funcionário não autorizou a passagem e parou em frente ao veículo. Ao mudar de fila, a condutora foi abordada por outro funcionário que teria feito gestos obscenos e afirmado que não iriam embarcar.
Um terceiro funcionário autorizou a passagem, porém, de acordo com o registro, o segundo homem continuou com as ofensas. Após a travessia, o supervisor da embarcação teria dito à mulher que autistas não têm prioridade e que estavam ali somente para criar “alvoroço”.
A Lei 14.626/23 prevê “atendimento prioritário em diversos estabelecimentos a pessoas com transtorno do espectro autista”. Ainda, segundo o artigo terceiro, “as empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos (…) às pessoas com transtorno do espectro autista”.
As autoridades devem investigar o caso e a conduta dos funcionários.