Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (18), a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Priscila Degraf, e os conselheiros do Conselho Municipal de Saúde, Jean Pierre de Lima e Luis Pereira dos Santos, discutiram sobre a desaprovação da implantação da UPA Uvaranas, deliberada pela entidade em votação nesta terça-feira (16).
O Conselho de Saúde de Ponta Grossa se posicionou de forma contrária à abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Uvaranas, em votação realizada na noite desta terça-feira (16). Com empate de 9 votos favoráveis a 9 votos contrários por parte dos conselheiros, a presidente do Conselho, Gizelle Cheremeta, foi a responsável por fazer o desempate, votando contra a implantação da Unidade.
Segundo Jean Pierre, o Conselho votou desta maneira pois o órgão teria ficado de fora da decisão da construção da nova Unidade. Luis Pereira completa afirmando que levantamentos da Comissão de Finanças do Conselho apontam problemas como a “falta de transparência nos documentos e falta de resposta para as comissões”, diz.
Ainda de acordo com Jean, dentro do Conselho de Saúde existem algumas ferramentas de gestão de saúde, como o Plano Anual de Saúde (PAS). “Nós determinamos algumas metas junto com a Fundação. E nesse plano não tinha uma UPA. Nós como Conselho, não fomos consultados a respeito. No PAS estava a construção de um Pronto Atendimento Infantil e a construção de um ambulatório de saúde mental, estava no PAS e a gestão não quis fazer”, afirma. “A prefeitura é livre para construir, tudo bem, o que não pode acontecer é o que está acontecendo agora”, completa.
Já a presidente da FMS, Priscila Degraf, se posiciona contra o resultado da votação do Conselho. Segundo ela, ainda que a entidade tenha desaprovado a implementação da UPA Uvaranas, declara que a população não corre o risco de ficar sem a Unidade de Pronto Atendimento, “porque o Município não vai deixar”. Ela ainda completa. “[A UPA] não estava no plano anual, mas a partir do momento que tem um superávit através das economias que estão sendo realizadas, o Município pode implantar a UPA a hora que quiser, ou outro serviço. O terreno não foi comprado somente para a UPA, lá vai ter mais uma base descentralizada do SAMU e tem mais um outro pedaço que a prefeita pretende fazer mais um restaurante popular, isso nada impede”, diz.
Interferência política
O conselheiro Luis Pereira afirma que não existe interferência política nas decisões do Conselho Municipal de Saúde. Ele também nega que existam interferências externas no voto da presidente do Conselho, Gizele Cheremeta, que é assessora parlamentar da deputada Mabel Canto. “Cada conselheiro tem autonomia para votar no que ele quiser”, diz.
Reuniões do Conselho Municipal de Saúde
As reuniões do Conselho Municipal de Saúde são abertas ao público e acontecem de forma quinzenal, às terças-feiras, às 18h15, no Edifício Guaíra, 3º andar.
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