Moradores de Ponta Grossa estão se mobilizando para realizar uma manifestação contra a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) devido à recorrente falta de água na cidade. Um grupo no WhatsApp, criado para organizar o protesto, já conta com mais de 200 participantes e planeja realizar o ato em frente à sede da empresa nos próximos dias. A insatisfação da população aumentou após a paralisação do sistema de captação realizada no último domingo, dia 16, para interligação de uma nova adutora do Rio Pitangui. A obra, classificada pela Sanepar como de alta complexidade, deixou toda a cidade sem abastecimento por mais de 12 horas. Apesar da normalização prevista para a madrugada desta segunda-feira (17), moradores relatam que a falta de água tem sido constante desde janeiro, mesmo com o alto volume de chuvas registrado nos primeiros meses do ano. Além disso, os atrasos em obras prometidas pela empresa, como a ampliação da captação do Rio Pitangui e a nova captação do Rio Tibagi — previstas inicialmente para 2022 — têm gerado críticas. A Sanepar atribuiu os atrasos a problemas em licitações, enquanto a prefeita Elizabeth Schmidt defendeu a companhia, afirmando que "está ruim com a Sanepar, mas seria muito pior sem ela". Os organizadores da manifestação destacam que o objetivo é pressionar por melhorias no sistema de abastecimento e maior transparência nos investimentos realizados pela empresa. "Estamos cansados de desculpas e promessas não cumpridas. Queremos soluções efetivas", afirmou um dos líderes do grupo. A Sanepar orienta os moradores a utilizarem água tratada apenas para fins essenciais e recomenda que cada imóvel tenha uma caixa-d’água com capacidade mínima de 500 litros para garantir abastecimento durante interrupções[5]. Contudo, essa medida não tem sido suficiente para conter as reclamações. A manifestação ainda não tem data definida, mas os organizadores prometem divulgar os detalhes em breve