Ponta Grossa ganha nesta sexta-feira (7), uma nova casa noturna, data em que ocorre a inauguração da ‘Cats Club’. O local, que fica localizado na Vila Estrela, visa promover o entretenimento e celebrar a diversidade, com ênfase na comunidade LGBTQIAPN+. Apesar da novidade trazer animação aos seguidores da boate que acompanham nas redes sociais, um perfil teceu comentários pejorativos e homofóbicos contra a comunidade.

Relembre o caso: “Tomara que aconteça igual à Boate Kiss”: perfil é derrubado após comentário sobre balada LGBTQI+ de PG.

Incomodado com a situação, um jovem utilizou suas redes sociais para manifestar a sua indignação perante o caso o qual define como “inaceitável”. “Eu fiz uma publicação para divulgar essa pessoa. Já que quer ser visto e notado, divulgando o ódio gratuito, resolvi divulgar”, contou o rapaz para a equipe de jornalismo do D’Ponta News.

Conforme o relato do jovem, a sua publicação alcançou mais de 12 mil visualizações, fato que fez com que inúmeras pessoas denunciassem o perfil que fez o comentário homofóbico e a conta foi banida da rede social por não seguir as diretrizes da comunidade.

O homem relata que a situação se agravou após o banimento da conta que teceu o comentário. “Após o banimento da conta, um perfil ‘fake’ mandou mensagem para mim desejando que eu morresse com HIV e que meus pais não me aceitam. Quando recebi essa mensagem, fiquei receoso porque não sei o que essa pessoa pode fazer”, conta

Reprodução redes sociais

Após a mensagem, com medo mas em um ato corajoso, o rapaz confeccionou um Boletim de Ocorrência (BO) junto a Polícia Civil, em busca de proteção. “Relatei tudo o que ocorreu para ter alguma proteção”. Conforme as informações repassadas pelo jovem, ele foi orientado a tentar identificar a pessoa que realizou o comentário nas redes sociais para que a investigação siga de forma mais eficiente.

Reprodução redes sociais

Relembrando o ocorrido, o rapaz faz um desabafo. “Eu achei ‘pesado’ as palavras que ele usou. Por que ele fica associando a comunidade ao HIV? Estou incrédulo com o que está acontecendo. Não podemos ficar quietos, precisamos falar, mesmo que nos cause medo”, pondera. Mesmo perante a situação, o rapaz afirma que tem recebido apoio da população que acredita que ele fez o correto em prestar uma denúncia sobre o caso e que fez bem em não se calar.

CRIME
Vale ressaltar que desde 2019, a homofobia é considerada crime no Brasil, onde ela foi equiparada ao crime de racismo, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No país, a Lei do Racismo (lei nº 7.716/1989) prevê penas de um a cinco anos de reclusão.

DENÚNCIA

Para prestar denúncias é possível ligar para o Disque 100, onde o atendimento é gratuito, anônimo e funciona 24 horas por dia. Também há a opção de realizar um Boletim de Ocorrência em qualquer delegacia do país, de forma presencial ou online- denuncie aqui.