Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (17), a professora de Educação Física Kamila Martinhuk falou sobre os benefícios da dançaterapia.

Mestre em Educação Inclusiva e especialista em Dança Educacional, Kamila conta que é a única dançaterapeuta no Paraná. Ela começou a se interessar pela área quando se questionou sobre os motivos que levavam uma pessoa a não frequentar espaços de dança. “A dançaterapia tem o objetivo de conectar as pessoas, reconectar, fazer essa ligação entre o corpo, movimento e espaço em que nós estamos. Hoje, meu objetivo enquanto dançaterapeuta é proporcionar isso às pessoas”, conta.

Martinhuk classifica a dançaterapia como uma  metodologia criativa, que ultrapassa as metodologias de dança que são mais tradicionais”. Ela explica que a modalidade foi desenvolvida pela bailarina argentina Maria Fux e também trabalha com a autoconfiança e o autoconhecimento, por isso leva no nome o termo ‘terapia’. “Porque o final traz esses efeitos terapêuticos e faz com que as pessoas usufruam desses efeitos. Vai trabalhar essa questão e vai gerar benefícios para várias áreas da vida”, explica. “O dançaterapeuta não trabalha com o certo ou o errado do movimento, nós vamos conduzir você a se movimentar, da forma que você compreende o movimento”, acrescenta.

Para a dançaterapeuta, não existem pessoas que não sabem dançar. “Na minha visão poética da dança, e como dançaterapeuta, sabendo que a dança é para todos, então todos têm potencial de dançar. Inclusive tenho colegas dançaterapeutas que trabalham em hospitais com pacientes acamados”, diz.

Encontro e reconexão

Kamila promove aulas de dançaterapia para mães e bebês colo. Segundo ela, a dança “proporciona esse encontro nesse mundo fora da barriga. O bebê vai conhecer o que está acontecendo no mundo aqui fora junto com a mãe”, diz.

“A gente deixa a criança no sling, no carregador de pano. Para a criança, essa posição que ela fica, ela lembra da vida uterina. A gente deixa ela numa posição que ela estava na barriga da mãe. Ela sente o cheiro, batimento cardíaco, causa tranquilidade, acalma a criança. Aí vamos trabalhando o movimento, a conexão materna, elas me dão esse depoimento: ‘foi um momento incrível de conexão e nunca tinha tido com a filha'”, revela.

Os próximos encontros de dançaterapia entre mães e filhos acontecerão nos dias 25 e 27 de janeiro, em Ponta Grossa. Para saber mais informações e se inscrever, basta clicar aqui. Entretanto, a partir de fevereiro Kamila irá ministrar as aulas no espaço do projeto Diálogos Culturais, na Rua José Bonifácio, 100, Órfãs, com novas turmas, que irão abranger diferentes faixas etárias. Clique aqui para saber os detalhes. 

Acompanhe Kamila nas redes sociais: @kamilamartinhuk

Confira a entrevista completa: