A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) está sob intensa pressão após a Justiça determinar a regularização imediata do fornecimento de água a locais essenciais, como hospitais e escolas, em Ponta Grossa. A decisão foi motivada pelo descumprimento de uma ordem judicial anterior, que visava garantir o abastecimento contínuo a esses estabelecimentos.
A juíza Luciana Virmond Cesar, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa, ordenou que a Sanepar comprove documentalmente a regularização do fornecimento de água em um prazo de 24 horas, sob pena de aumento da multa diária e imposição de novas medidas coercitivas. Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 40.000,00 em ativos financeiros da empresa para garantir o cumprimento das obrigações judiciais.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) informou que as aulas foram transferidas para o formato remoto devido ao desabastecimento, e o Hospital Universitário está com baixo nível de água nos reservatórios. O Município de Ponta Grossa também suspendeu atendimentos ao público devido à falta de água.
A Sanepar tem investido em obras emergenciais e estruturais para melhorar o abastecimento na cidade, incluindo a interligação de um novo poço e a distribuição de caixas d’água para famílias vulneráveis. No entanto, a empresa enfrenta desafios significativos devido ao aumento do consumo de água causado por ondas de calor atípicas.
A decisão judicial ainda comunica ao Ministério Público do Estado do Paraná o descumprimento das medidas liminares para análise da responsabilidade criminal dos diretores da Sanepar pelo crime de desobediência.