Na tarde da última terça-feira (8), a frente do Executivo foi o ponto de encontro de aproximadamente 200 servidores e servidoras municipais de Ponta Grossa que voltaram a se mobilizar diante da insatisfação com as propostas apresentadas pela Prefeitura para o reajuste da data-base e do vale-alimentação. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (SindServ), contou com dois momentos: uma reunião entre representantes do governo e a comissão de trabalhadores durante a tarde, seguida por uma assembleia com a categoria no início da noite.
Segundo informações do Sindicato, a Prefeitura apresentou três propostas de reajuste, todas rejeitadas por unanimidade pela assembleia. A primeira previa reajuste de 5,5% em todas as verbas, com vale-alimentação ajustado para R$ 474,75. A segunda sugeria 3% de reajuste geral e aumento de 22,22% no vale, chegando a R$ 550. Já a terceira proposta oferecia reajuste de 2% e elevação do vale para R$ 600, um aumento de 33,33%. Nenhuma das alternativas foi suficiente para os servidores.
Contraproposta
Diante da negativa, a comissão eleita pela categoria, junto ao SindServ, elaborou uma nova proposta, protocolada oficialmente na manhã desta quarta-feira (9). O documento solicita reajuste de 5% sobre a data-base e elevação do vale-alimentação para R$ 650,00. A expectativa, conforme apontado pela entidade, é de que o Executivo responda até o fim da semana.
Encontro com o Executivo
O encontro com o Executivo contou com a presença do secretário de Fazenda, Cláudio Grokoviski, da chefe de Gabinete, Tania Maria Sviercoski, e do procurador municipal, Gustavo da Matta. Ainda de acordo com o Sindicato, o Executivo justificou que a simulação de um reajuste de 10% e 100% no vale-alimentação, conforme reivindicação inicial da categoria, impactaria o limite prudencial de 51,30% da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Jackson Lincoln Lopes/Comunicação Sindserv PG
Há mais de 10 anos sem reajustes reais
A luta dos servidores por reposição salarial acontece há anos, com queixas sobre a ausência de reajustes reais, de acordo com o esperado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência utilizada para corrigir valores monetários ou reajustar contratos. A insatisfação foi intensificada após a aprovação, pela Câmara Municipal, de um projeto que reajusta benefícios de médicos vinculados a programas federais, com aumentos de até 78% em auxílios como moradia e alimentação.
Por Camila Souza.
