Por Camila Souza
A base do Samu em Ponta Grossa conta atualmente com cinco ambulâncias de suporte básico (Bravo) e duas de suporte avançado (Alfa). Dessas, duas Bravos permanecem para o município, enquanto a Alfa que antes era dedicada apenas à cidade agora passa a operar em sistema de alternância, podendo ser acionada em outros municípios. A mudança foi comentada durante a reunião do Consórcio Intermunicipal SAMU Campos Gerais (CimSamu) desta quinta-feira (11).
Relembre: Padronização do CimSamu modifica exclusividade de ambulâncias em PG; entenda
A prefeita Elizabeth Schmidt esteve presente no encontro e concedeu entrevista ao D’Ponta News. Ela reconheceu que a estrutura é insuficiente diante da demanda. “É claro que só uma ambulância é pouco” afirma, destacando que no dia 17 de setembro vai participar de uma reunião na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em Curitiba, para reivindicar reforço na frota acompanhada pela pasta da Saúde do município.
A prefeita lembrou que o problema é antigo. “Nós estamos denunciando isso há muito tempo, não é de agora”, disse. Ela explicou que quando a ambulância Alfa está em atendimento em outro município, pode ocorrer atraso no atendimento. Em algumas situações a espera chega a oito horas até que a unidade retorne para a base. “Isso acontece em todos os municípios” completa.
Elizabeth também comparou a situação do Samu com a do Siate. “A viatura do Siate só temos uma. Temos que pedir junto ao governo do Estado que temos o direito de ter três ambulâncias do Siate, se não for até mesmo quatro em Ponta Grossa pelo número de habitantes”.
Ao citar outros municípios, a prefeita reforçou a disparidade entre as cidades. “Em Irati que tem 60 mil habitantes eles têm duas ambulâncias” disse. “Já Ponta Grossa que tem 375 mil habitantes só temos uma ambulância no Siate”, completa.
Leia também: R$ 4 milhões serão investidos na construção de nova sede do Samu Regional
O major do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, Renan Augusto Bortolassi de Oliveira, também comentou a situação em entrevista para a equipe de jornalismo. Segundo ele, a corporação hoje dispõe de uma ambulância do Siate no quartel central, que presta apoio ao Samu quando necessário. “Atende a demanda com uma [viatura do Siate] mas se tivesse mais, seria ótimo” avalia.
O deputado estadual Marcelo Rangel destacou que a luta por melhorias é permanente. “É necessário sempre o investimento nessa área de emergência, nunca é o suficiente e precisamos sempre avançar. Pode contar comigo como líder do governo no sentido de buscar recursos lá na Secretaria de Saúde para que a gente possa ter mais equipamentos” afirma.
A expectativa é que a reunião do dia 17 reúna prefeitura, governo estadual e lideranças políticas para tratar de alternativas que garantam maior número de ambulâncias disponíveis para Ponta Grossa.