Apenas 32 dos 67 voluntários inscritos passaram para a última etapa da seleção da Organização Não Governamental Doutores Palhaços – SOS Alegria, de 2023. Agora, os selecionados iniciarão a atuação nos hospitais para saber se terão condições de efetivarem no grupo que há mais de 15 anos salvam risos nos hospitais de Ponta Grossa.
A coordenadora artística da ONG, Micheli Vaz, explica que todos os voluntários que fazem parte do elenco e que utilizam da linguagem artística do palhaço dentro dos hospitais passam por um treinamento, que garante uma capacitação profissional, para que os voluntários possam se desenvolver artisticamente no decorrer das atuações.
“Entendemos que essa nossa brincadeira é muito séria, principalmente porque a gente atua dentro de um espaço de saúde, não dentro de um teatro ou do circo, em que o público procura a diversão. Nos hospitais, nós vamos até o público, buscando somar na recuperação com a terapia adjunta ao tratamento médico convencional”, disse.
As inscrições do processo seletivo de 2023, que acontece em 10 etapas, abriram em fevereiro. Micheli comenta que nas nove etapas, os voluntários tiveram a oportunidade de construir sua imagem de palhaço, com a escolha da maquiagem, do figurino, entendendo a composição da máscara artística, do corpo do palhaço, da expressão é da linguagem artística que é a linguagem da palhaçaria. “Neste momento o objetivo é a ambientação dos voluntários no ambiente hospitalar, acompanhando o trabalho dos mais experientes, para então, iniciarem as intervenções de forma assistida pela coordenação da ONG para serem avaliados”, disse.
Agora, na seleção acontece uma imersão dos voluntários no ambiente hospitalar em aproximadamente 90 dias. Esta última fase se dá para avaliar se os selecionados conseguem desenvolver e desempenhar tudo o que eles aprenderam durante os últimos meses. “Será avaliada a utilização dos conhecimentos adquiridos nas oficinas tanto nos quesitos artísticos, como também de humanização. Além disso, os cuidados dentro do hospital, no controle de infecção hospitalar”, comenta Micheli.
O coordenador geral da ONG, Bruno Madalozo destaca que todo este processo gera custo para a entidade, pela necessidade de profissionais que estão engajados na formação dos voluntários que vão desde a equipe multidisciplinar, entre outros gastos, para dar respaldo para a atuação dos palhaços nos hospitais. “Fomos aprovados e selecionados pelo Projeto ‘Fundo Social Cresol Triunfo 2023’ da cooperativa de crédito CRESOL, e também obtivemos o apoio da empresa Rá Arte e Humanização para fomentar a formação dos voluntários. Somos muito gratos por acreditarem no trabalho realizado pela ONG”, finaliza.
da assessoria