Sexta-feira, 25 de Julho de 2025

Tudo que se sabe sobre o pai suspeito de matar bebê em PG

Polícia investiga histórico de agressões e homicídio qualificado
2025-07-24 às 16:53

O caso do bebê de dois meses morto em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, chocou a população pela brutalidade e pelo histórico de violência atribuído ao principal suspeito: o próprio pai, Lucas Rodrigues Soares, de 37 anos, preso preventivamente sob acusação de homicídio qualificado e lesão corporal em contexto de violência doméstica.

Como ocorreu o crime

De acordo com a investigação, a mãe da criança chegou do trabalho por volta das 23h de sexta-feira (18) e foi informada pelo marido de que o bebê já havia sido alimentado e estava dormindo. Às 3h da madrugada de sábado (19), ela acordou para amamentar e percebeu que o filho estava morto, com sinais de lesões, incluindo hematomas no rosto e ferimentos no olho. A mulher pediu o telefone do companheiro para chamar socorro, mas foi agredida com uma facada na perna e impedida de buscar ajuda. Fingindo estar desacordada, esperou o agressor dormir, pegou o bebê e pulou o muro da residência para procurar apoio junto à Guarda Civil Municipal.

No local, os guardas acionaram equipes médicas, que constataram a morte do bebê. Ao retornarem à casa para deter o suspeito, encontraram uma faca com sangue e um martelo também com vestígios de sangue. O pai, visivelmente alterado, ainda tentou resistir à prisão, alegando que a criança teria se engasgado, versão descartada pelos sinais de agressão encontrados.

Delegado aponta traços de personalidade violenta e psicopática

O delegado Luiz Gustavo Timossi, responsável pelo caso, destacou que o investigado “demonstra personalidade violenta e traços de psicopatia”, citando o histórico de agressões graves contra crianças e mulheres em diferentes anos. Segundo a Polícia Civil, o suspeito possui registros anteriores de violência: em 2016, teria agredido uma criança de três anos com um tapa no rosto; em 2021, foi denunciado por fraturar o fêmur do enteado de apenas dois meses; e, em janeiro de 2025, um boletim de ocorrência foi registrado pela companheira, então grávida, por agressão física.

Investigação e desdobramentos

A perícia foi acionada para determinar a causa exata da morte da criança e reunir mais provas para o inquérito. A prisão em flagrante do pai foi convertida em preventiva após audiência de custódia. O caso segue sendo investigado como homicídio qualificado e as denúncias anteriores têm sido reunidas para reforçar os indícios de um padrão recorrente de violência familiar por parte do suspeito.