A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) formalizou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta de um servidor durante o 9º Colóquio Mulheres e Sociedade, realizado em 3 de abril de 2025. A medida, publicada na Portaria R. Nº 2025.318 de 30 de abril, segue investigação preliminar que resultou no afastamento temporário do funcionário.
Fundamento legal: O caso será analisado com base nos artigos 279 (incisos III e XIV) e 285 (incisos V e XIII) da Lei Estadual nº 6.174/1970, que regula o regime jurídico dos servidores públicos do Paraná. As sanções, se aplicáveis, seguirão o artigo 293 da mesma legislação, que prevê advertência ou até demissão.
O servidor interrompeu o encerramento do colóquio, organizado pelo curso de Jornalismo, insistindo em falar após o término do bloco de perguntas. Em vídeo divulgado, declarou: “Não é um comentário machista, eu preciso falar […] se vocês não deixarem eu expor meu pensamento, vou pensar diferente a partir de hoje’. O evento discutia “Misoginia e discursos de ódio nas redes”, com participação de acadêmicas e docentes.
A UEPG reiterou seu compromisso com o combate a assédios e discriminações, lembrando a campanha “UEPG Está de Olho”, ativa desde 2019, e a existência de canais como a Ouvidoria e o Canal de Escuta da Prae. Entidades estudantis, como o Centro Acadêmico João do Rio (Cajor), repudiaram o episódio, classificando-o como “desrespeitoso e agressivo” e cobrando medidas para garantir ambientes seguros.
