Terça-feira, 29 de Abril de 2025

UEPG oferta serviço de escolarização hospitalar para pacientes internados

2025-04-29 às 09:47
UEPG

No dia Nacional da Educação, comemorado na segunda-feira (28), os Hospitais Universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) tiveram muito o que celebrar. Em uma iniciativa inédita na cidade de Ponta Grossa, passou a ser ofertado o Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed). A proposta consiste no atendimento educacional para pacientes internados em idade escolar, tanto no HU quanto no Hospital Universitário Materno-infantil (Humai).

“Foi uma parceria inovadora para a região dos Campos Gerais, com um termo de cooperação entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) e a Seed”, afirma a diretora-geral dos HU-UEPG, professora Fabiana Postiglioni Mansani. “Para além da ação educacional realizada, existe um trabalho bem humanizado com as crianças. Quando a proposta chegou para os hospitais foi aceita imediatamente, sempre na perspectiva de melhorar e ampliar o nosso trabalho de humanização que tem feito muita diferença na qualidade de vida dos pacientes internados, dos familiares que acompanham e também dos servidores da instituição”. Para ela, já é possível perceber o resultado fantástico no acompanhamento aos pacientes, com a presença dos professores e pedagogos dentro do hospital. “Dessa forma, a gente passa a ter não só uma atividade assistencial, para ter uma atividade humanizada, educacional e social”.

A coordenação do Sareh nos HU-UEPG é de responsabilidade da Diretoria Acadêmica (DAC), que esteve presente em todo o processo de introdução do serviço, desde os primeiros contatos com a Seed até a ambientação das professoras nos HU. A DAC foi responsável pela identificação de demanda do serviço, as reuniões para alinhamento e orientação da equipe quanto ao funcionamento dos hospitais, organização do espaço físico, cadastros necessários e integração para as professoras atuantes nas unidades.

De acordo com Débora Melo Mazzo, coordenadora de projetos de pesquisa e extensão, do ponto de vista educativo, o Sareh é fundamental para manter os pacientes inseridos no processo escolar sem que tenham prejuízo no desenvolvimento de suas atividades por conta da hospitalização. “A não-interrupção do processo de aprendizagem auxilia na recuperação do paciente/aluno pois continuar, de certa forma, com uma atividade cotidiana traz segurança, reduz o estresse, torna o ambiente hospitalar mais agradável e menos traumático. Ter o Sareh presente no HU consolida mais ainda o status de hospital de ensino, pois assim atingimos um outro estrato da camada educacional: a educação básica”, destaca.

Mais de 70 alunos-pacientes já foram atendidos pelo Sareh no HU e no Humai
A pedagoga da Seed Márcia Ostrufka coordena o Sareh nos HU-UEPG. Ela conta que ao todo são três professoras em áreas diferentes que atendem os alunos: exatas, humanas e linguagens. A pedagoga relata que o projeto teve início em fevereiro deste ano e já foram atendidos mais de 70 alunos entre os dois hospitais da UEPG. No HU, os atendimentos são para adolescentes de 13 a 18 anos, enquanto o Humai atende crianças de 7 a 12 anos.

“Aqui no Humai, as mães ficam encantadas ao ver os alunos fazendo atividades com os professores. A demanda do hospital rege o dia e o horário dos professores. Quando a demanda é maior no HU, os professores se concentram aqui, e quando temos demanda em ambos os lugares, elas se dividem para atender”, garante Márcia.

Ela disse ainda que os atendimentos educacionais variam muito, já que alguns pacientes ficam poucos dias internados. Mas, mesmo assim, são atendidos com atividades mais simples e há o controle com relação ao encaminhamento de atestados. “Quando o aluno passa de três dias (de internamento) a coordenação pedagógica do Sareh entra em contato com a escola e fazemos todo o acompanhamento”.

Além dos benefícios para os alunos-pacientes, as famílias também aprovam as atividades. Rosângela Figurski Stukowski é de São João do Triunfo e o filho dela ficou três dias internado no HU após uma cirurgia. Para ela, o Sareh é muito positivo. “Ele não tem muito o que fazer no Hospital, fica muito tempo deitado. E com essas atividades escolares podem fazer algo útil e não esquecendo da escola, que é o lugar que mais gostam de frequentar”.

“Eu quero agradecer as professoras que ajudaram o Bernardo enquanto a gente estava no hospital. Elas iniciaram um projeto e foram muito úteis, pois ele recebeu atividades da escola elas ajudaram a resolver algumas dúvidas. Foi uma experiência ótima, mesmo em uma situação difícil, pois as professoras conversaram com o Bernardo e com as outras crianças, ajudando a minimizar o momento difícil. Só tenho que agradecer”, conta Tatiane Santos Oliveira, a mãe do pequeno Bernardo, que já recebeu alta do Humai, mas foi atendido pelo Sareh.

O próprio paciente ficou muito grato pela oportunidade de manter algumas atividades escolares durante o internamento. “Eu gostei muito das professoras do hospital, muito legais. Me ajudaram esse tantão de dias que eu fiquei no hospital, me ajudaram muito! Que Deus abençoe”, disse Bernardo.

As informações são da Universidade Estadual de Ponta Grossa.