Terça-feira, 06 de Maio de 2025

ÚLTIMO DIA: FASF oferece bolsa de 50% para novo curso de Engenharia de Software; se inscreva

O coordenador do curso falou sobre os impactos da inteligência artificial e os desafios da formação de novos profissionais
2025-05-06 às 12:23
Edu Vaz/ D’Ponta News

O programa ‘Manhã Total’ da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM) recebeu nesta terça-feira (6) o coordenador do recém-lançado curso de Engenharia de Software da Faculdade Sagrada Família (FASF) Ricardo Czelusniak da Silva. Em uma conversa franca, Ricardo destacou os impactos da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho, nas empresas e até no dia a dia das pessoas.

“A galera acima dos 35 anos, pela primeira vez na história, foi beneficiada por uma tecnologia. Quem usa da melhor maneira possível é essa geração”, disse Ricardo, ao explicar que a bagagem profissional acumulada permite que esses trabalhadores consigam adaptar e refinar as respostas geradas por IA. Segundo ele, a experiência prática ajuda a extrair respostas mais assertivas e criativas, algo que os mais jovens ainda estão aprendendo.

Ricardo explicou que o conceito de inteligência artificial é antigo, mas só recentemente se tornou acessível porque hoje há computadores mais rápidos e com maior capacidade de armazenamento. “Antes, a IA era usada em situações muito específicas. Agora, com a velocidade de processamento e o grande volume de dados, conseguimos gerar respostas praticamente para qualquer pergunta”, afirmou, mencionando a OpenAI como pioneira no desenvolvimento do ChatGPT.

Ele alertou, no entanto, que o ChatGPT tende a ser “um grande puxa-saco” e que é importante evitar essa bajulação para não se perder nos resultados. Sobre o temor de que a IA substitua o trabalho humano, Ricardo mencionou que não acredita que isso ocorra. “O que tem acontecido é que pessoas muito especializadas estão aumentando a sua produtividade com a IA”, citou.

Inteligências artificiais
Ele também reforçou que existem diversos tipos de inteligências artificiais, treinadas para finalidades específicas, e que os usuários precisam entender essas diferenças. “Por isso, quando usamos uma IA de texto para gerar imagens, muitas vezes o resultado não tem nada a ver com o solicitado”, explicou.

Alucinações das Ias
Sobre as chamadas “alucinações” das IAs, Ricardo disse que são situações comuns em que a ferramenta começa a se perder e gerar respostas sem conexão com o assunto inicial e que essa condição é comum.

Quando questionado se as pessoas tendem a ficar mais preguiçosas com o uso da ferramenta, o especialista avaliou que “as pessoas não ficam mais preguiçosas com o uso da IA. Pelo contrário, conseguimos fazer mais conexões mentais e acelerar tarefas que antes levavam muito mais tempo”, comentou.

Ele ainda destacou o impacto da IA em áreas como a medicina, dizendo que, embora nenhuma tecnologia substitua o diagnóstico médico, as ferramentas especializadas ajudam a identificar pontos que talvez passassem despercebidos.

Novo curso de Engenharia de Software da FASF

O curso de Engenharia de Software da FASF promete preparar os estudantes para um mercado em rápida transformação. Ricardo destacou que, apesar das mudanças trazidas pela IA, a base teórica e técnica da programação continua essencial. “Se os alunos não souberem as técnicas de programação, como vão construir os programas?”, questionou.

O bacharelado terá duração de quatro anos e vai exigir muito empenho dos estudantes. “Converso com vários profissionais, e a dificuldade hoje é encontrar jovens que tenham o mínimo de condição para operar dentro do dia a dia das empresas”, apontou.

Com uma estrutura para 80 alunos por turma, a expectativa é começar com 40 a 50 estudantes. O atrativo para os primeiros ingressantes é a bolsa de estudos de 50% durante toda a graduação, válida apenas para quem garantir a matrícula no site da FASF até as 14h desta terça-feira (6).– clique AQUI.

Ao final do curso, os alunos vão desenvolver um projeto prático como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), envolvendo todas as etapas da engenharia e do desenvolvimento de software, o que, segundo Ricardo, os prepara de forma concreta para o mercado.

Veja a entrevista na íntegra