Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

“Um pouco de esquecimento acaba deixando a gente triste”, diz Marcelo Rangel sobre relação com a prefeita Elizabeth

2024-03-04 às 10:17
Foto: Moisés Kuhn/D’Ponta News

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (4), o secretário de Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná, e deputado estadual licenciado, Marcelo Rangel (PSD), falou sobre o anúncio de sua pré-candidatura a prefeito de Ponta Grossa e sua relação com a atual prefeita, Elizabeth Schmidt (PSD), que também já havia sinalizado intenção de se candidatar à reeleição.

Rangel argumenta que Elizabeth foi escolhida por ele para integrar o seu grupo político por três vezes: como secretária de administração de seu primeiro mandato como prefeito de Ponta Grossa, vice-prefeita no segundo mandato e depois candidata à prefeita pelo grupo, em 2020. “Nós convidamos ela para a ser a nossa candidata a prefeita do nosso grupo, até porque ela mostrou lealdade, mostrou seu trabalho correto. Continuo sendo o mesmo Marcelo que sempre respeitou, acima de tudo, o trabalho e a história da professora, mas como eu falei, a vida continuou”, afirma.

Embora tenha afirmado que não houve uma ‘traição’ de nenhum dos lados, Marcelo Rangel destaca que o “esquecimento” da prefeita Elizabeth com relação às obras e conquistas realizadas por ele em seus dois mandatos contribuiu para que tomasse a decisão de ser pré-candidato a prefeito. “Um pouco de esquecimento acaba deixando a gente um pouco triste. Todas as obras de prefeitos anteriores, eu respeitei. Tudo o que o Wosgrau fez, eu mantive e respeitei, porque foi um prefeito escolhido pelo povo. As obras do ex-prefeito Jocelito, obras do ex-prefeito Péricles, as obras do passado eu sempre respeitei, inclusive o Lago de Olarias, que nós fizemos o projeto praticamente do zero, sempre falei que a primeira ideia era do Péricles”, pontua.

“Pelo fato de eu ter escolhido a Elizabeth para me suceder, eu imaginava que pelo menos, tudo o que foi realizado no passado seria apenas lembrado à população, tudo o que foi relizado de infraestrutura, pavimentação, escolas em tempo integral e o PAI”, afirma. O fechamento do Pronto Atendimento Infantil, segundo Rangel, o deixou “chateado”. “Eu criei o Pronto Atendimento Infantil, passei por momentos muito difíceis, nao tinha UTI, as crianças chegavam lá e não tinha atendimento, em 2012 era assim. O PAI nao existe mais, o que existe é outra estrutura hoje, mudaram-se os nomes. Mas não estou criticando o atendimento, pelo contrário”, acrescenta.

Marcelo ainda pontua outros fatores que desgastaram a relação entre ele e Elizabeth. “Nós não fizemos a inauguração do Lago de Olarias por conta da pandemia. Pelo menos umas 30 pessoas que ajudaram na obra, falava que iríamos fazer uma homenagem aos trabalhadores braçais, pessoas humildes que fazem as obras que mudam as vidas das pessoas e hoje não temos uma placa sequer. Isso acaba deixando a gente chateado, não é nada que é grave, mas são coisas que eu noto, por exemplo, eu não fui a uma inauguração de escola. A professora Elizabeth é uma pessoa querida, ela sabia o quanto eu amo crianças, a coisa que eu mais adoro é estar em uma escola. Eu não fui convidado para nenhuma inauguração de escola, isso não é grave, mas vai distanciando”, completa.

Projeto com o governador Ratinho Junior

Marcelo Rangel declara que está trabalhando por um “projeto gigante do governador Ratinho Junior, inclusive na esfera nacional”, por conta dos resultados positivos que o Estado do Paraná tem apresentado. Porém, desde o ano passado, “começamos a perceber que o meu projeto de futuro junto com o governador, passa sim, também pela cidade de Ponta Grossa, por uma personalidade diferente, não estou fazendo crítica a quem quer que seja, não irei fazer críticas à professora, porque considero que ela foi uma grande prefeita”, destaca.

Assista à entrevista completa: