A dentista, especialista em articulação temporomandibular, popularmente conhecida como ATM, e sono, Silvia Sgarbi esteve em entrevista, manhã desta quarta-feira (23), no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba).

Confira os destaques da entrevista:

Durante o sono, segundo Silvia, o corpo passa por processos como consolidação da memória, armazenamento de energia, diminuição do metabolismo para recuperação dos órgãos e modulação do sistema imunológico. O ronco “é o primeiro passo para a apneia”, declara a dentista, contando que o distúrbio acontece primeiramente na garganta, onde “há um colapso dos tecidos (…) e fecha”; o ronco é o fechamento parcial da traqueia. Sgarbi destaca que um levantamento dos Estados Unidos mostrou que o ronco é a terceira causa de divórcios no país, ficando atrás somente de casos de infidelidade e problemas financeiros.

A apneia é um distúrbio do sono em que “a pessoa para de respirar totalmente (…). A pessoa está dormindo, a via aérea dela fecha 100%, ela faz um esforço para respirar e não consegue e aí acontece uma situação (…) que se chama hipóxia intermitente”, conta.

A hipóxia intermitente é quando há uma “queda de oxigênio para os tecidos para o corpo inteiro, mas o mais grave para o coração e para o cérebro”, relata. Ela diz que se uma pessoa tem 20 apneias por hora, durante o sono, estas 20 vezes o cérebro fica desprovido de oxigênio e o coração, para compensar essa falta de oxigênio,  tem que bombear mais sangue, o que aumenta o número de batimentos cardíacos.

Conforme a especialista esclarece, em pessoas sem o problema é normal ocorrerem até cinco apneias por hora em uma noite de sono, desde que sejam “curtinhas, de alguns segundos”; muitas vezes ocasionadas pela posição que a pessoa dorme. De cinco a 15 apneias por hora de sono, “aí você já tem uma apneia leve”, pontua. De 15 a 30 distúrbios por hora, é uma apneia moderada e acima disso, é um problema considerado gravíssimo.

Ela estima que cerca de um terço da população sofre com o problema. “A apneia sinaliza; você acorda muito cansado, com dor de cabeça, tem sonolência excessiva diurna, não rende no trabalho, começa a ter dificuldade para aprender as coisas, pensamento muito lento, começa a ter dificuldade de resposta a estímulo (…). Você não sente que tem apneia quando está dormindo, mas os resultados, os impactos da apneia no seu dia, vão deixando você desconfiado que algo está errado”, esclarece a especialista. Em crianças, muitas vezes pode ser ocasionada devido a um tamanho excessivo das amígdalas.

Acompanhe a dra. Silvia Sgarbi através do Instagram e das redes sociais da O1 Saúde.

Assista a entrevista na íntegra: