Sábado, 12 de Outubro de 2024

Viviane Rogeski destaca história de superação da sua filha no livro ‘Coração de Manuela’

2024-02-07 às 16:39

Viviane Zani Rogeski esteve no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (07) falando sobre o livro que relata a emocionante história de superação da sua filha.

Manuela nasceu com uma cardiopatia e operou o coração quando tinha apenas nove meses de idade. A partir disso, Viviane decidiu escrever um livro para contar a história da sua filha, a qual considera um verdadeiro milagre. Ela possui o objetivo de divulgar essa obra para o maior número de pessoas possível para inspirá-las a enfrentar os desafios com a mesma coragem que a sua família enfrentou.

Como tudo aconteceu

A mãe explica que a descoberta de uma malformação no coração aconteceu já na reta final da gravidez. “No último ultrassom morfológico, durante a minha gravidez, apareceu um acúmulo de líquido no peito da Manuela e a partir disso começava a nossa história. Esse acúmulo de líquido indicava uma malformação, porém os médicos não conseguiram identificar o que ela tinha e falaram que ela era saudável e o que o líquido seria absorvido pelo organismo”, relembra.

Viviane pontua que esse momento foi de um grande abalo emocional. “Foi um momento muito difícil, porque eu não poderia ficar nervosa por conta da gestação. Mas quando você recebe uma notícia como essa é algo inevitável, foi um período que eu não conseguia nem comer”, ressalta.

Ela explica que os médicos a acalmaram afirmando que estava tudo bem e que esse líquido seria absorvido pelo próprio organismo. “A partir disso eu fui me acalmando, porém se em algum dia ela não se mexesse na minha barriga eu já ficava nervosa”, afirma.

Nascimento de Manuela e exames de ultrassom

A mãe relembra que quando Manuela nasceu, ela foi examinada pelo pediatra e estava tudo bem. “A partir disso, ele falou que ela precisava fazer um ultrassom do coração, que foi realizado quando Manuela tinha três meses de idade. Após o ultrassom, ele explicou que estava tudo bem e que o líquido havia sido absorvido, porém das quatro veias pulmonares dela só estava enxergando duas”, destaca.

Foi feito um pedido para que Viviane voltasse com a sua filha após seis meses para que ela fosse reavaliada. “Nós marcamos uma consulta com a cardiologista pediátrica e a levamos para fazer um ultrassom. Foi nesse momento que veio a notícia de que ela tinha uma Comunicação Interatrial, ou seja, um ‘buraquinho’ entre os átrios”, relembra.

‘Foi nesse momento que perdemos nosso chão’

Ela pontua que entre as cardiopatias essa é uma das mais simples, segundo as informações que recebeu da cardiologista na época. “Quando o bebê está na barriga é normal ter esse ‘buraquinho’, porém quando ele nasce precisa fechar. Em alguns casos, se espera até os dois anos de idade para que ele se feche naturalmente, porque em muitas crianças isso acontece”, afirma. “No caso da Manuela não fecharia, porque estava muito grande e foi nesse momento que perdemos nosso chão”, acrescenta.

Viviane comenta que o seu pedido, em orações, era que a sua filha não precisasse passar por cirurgia. “Fomos consultar com um cirurgião no Hospital Pequeno Príncipe e ele nos informou que era um caso de cirurgia, mas precisaríamos esperar ela estar mais forte para poder realizá-la. Porém quando ela completou seis meses começou a perder peso, invés de ganhar”, ressalta.

A mãe relembra que quando chegou no momento que ela deveria começar a engatinhar não tinha força para fazê-lo. “Ela tomava desde os três meses captopril e furosemida em uma quantidade alta [manipulados, por ela ainda ser um bebê], receitados pela cardiologista, e isso me preocupava, porque ela ainda era um bebê e precisava tomar esses medicamentos fortes”, aponta. “Quando ela fez nove meses, retornamos a Curitiba e eu pedi para o médico que realizasse a cirurgia, porque não aguentava mais passar por aquela angústia de saber que ela precisaria se operar”, complementa.

Decisão de realizar a cirurgia

Os pais de Manuela já haviam sido informados pelo cirurgião que o caso dela era de cirurgia, devido ao tamanho do buraco que existia entre os átrios. “Após a decisão de que ela iria fazer a cirurgia [de Correção de Comunicação Interatrial], o cirurgião ligou para a cardiologista dela e ela autorizou a operação, porque Manuela estava forte devido aos medicamentos que tomava”, pontua.

A partir desse momento, Viviane explica que o médico pediu uma tomografia do coração de Manuela. “Até o momento ela só havia feito o ultrassom e o médico pediu a tomografia. Foi nesse momento que apareceu a síndrome da cimitarra, ou seja, as quatro veias pulmonares dela estavam conectadas do lado errado do coração”, afirma.

A cirurgia foi realizada no Hospital Pequeno Príncipe e foi um sucesso. Você pode conhecer os detalhes desta história de superação através do livro ‘Coração de Manuela’.

‘Coração de Manuela’

Esta emocionante história de superação resultou no livro ‘Coração de Manuela’, escrito por Viviane. A capa do livro possui uma foto que mostra as mãos dos pais dela formando um coração sobre a cicatriz da cirurgia realizada. “Nós quisemos enfatizar a ‘marca da vitória’ [na capa do livro], porque queremos que essa marca seja um orgulho para Manuela”, ressalta.

Com as vendas do livro, os pais de Manuela possuem o objetivo de recuperar parte do investimento nele e também realizar uma doação para o Hospital Pequeno Príncipe. Além da parte financeira, os pais quiseram registrar essa história como uma forma de gratidão a todos que possibilitaram este final feliz.

Serviço

Se você quiser adquirir o livro ‘Coração de Manuela’, basta entrar em contato com Viviane através do seu instagram.

Confira a entrevista completa: