Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

Conheça quem pode ser o novo papa; veja nome, foto e o que defende

Lista reúne nomes conservadores e progressistas entre os principais cotados para suceder o papa Francisco, refletindo os desafios e as tendências atuais da Igreja Católica
2025-04-27 às 22:55

Com o funeral do papa Francisco e a proximidade do novo conclave, cresce a expectativa sobre quem será o próximo líder da Igreja Católica. Especialistas e veículos internacionais apontam uma lista de cardeais considerados favoritos, que representam diferentes correntes de pensamento e regiões do mundo. O colégio de cardeais conta atualmente com 133 eleitores, responsáveis pela escolha do novo pontífice.

Os principais favoritos ao papado

Entre os nomes mais citados nas apostas e análises estão:

Robert Sarah (Guiné, 79 anos)

Conhecido por seu pensamento ortodoxo e conservador, Sarah é visto como o principal representante da ala tradicionalista. Crítico das reformas de Francisco, é popular entre setores mais conservadores da Igreja e da sociedade, especialmente por sua oposição à imigração, à homossexualidade e à chamada “ideologia de gênero”.

Pietro Parolin (Itália, 70 anos)

Atual secretário de Estado do Vaticano, Parolin é considerado um diplomata experiente e defensor de uma linha de continuidade com o pontificado de Francisco, embora mantenha posições tradicionais em temas como a ordenação de mulheres e a bênção a casais do mesmo sexo. É apontado como o favorito para manter o equilíbrio entre tradição e abertura.

Luis Antonio Tagle (Filipinas, 67 anos)

Ex-arcebispo de Manila e atual pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é visto como o “Francisco asiático” por seu perfil progressista, defesa da ecologia e abordagem acolhedora a fiéis LGBTQIA+. Apesar disso, mantém posição contrária ao aborto e à contracepção.

Matteo Maria Zuppi (Itália, 69 anos)

Arcebispo de Bolonha e chefe da Comissão Episcopal Italiana, Zuppi integra a ala progressista, defendendo reformas, acolhimento de pessoas LGBTQIA+ e diálogo inter-religioso. É um dos principais apoiadores das recentes aberturas promovidas por Francisco.

Péter Erdő (Hungria, 72 anos)

Arcebispo de Budapeste, Erdő representa a linha conservadora, com posições firmes contra comunhão de divorciados, bênçãos a casais do mesmo sexo e uso de anticoncepcionais. Tem perfil intelectual e experiência acadêmica internacional.

Jean-Marc Aveline (França, 66 anos)

Arcebispo de Marselha, Aveline é reconhecido por sua atenção a temas migratórios e sociais, além de sua experiência pessoal como imigrante. Sua atuação é marcada pelo diálogo e pela busca de soluções para questões contemporâneas da Igreja.

Malcolm Ranjith (Sri Lanka, 77 anos)

Único cardeal do Sri Lanka, Ranjith é conservador em temas morais, mas compartilha com Francisco a preocupação com os pobres. Já se manifestou favorável à pena de morte em casos específicos e à preservação da liturgia tradicional.

Anders Arborelius (Suécia, 75 anos)

Arcebispo de Estocolmo, Arborelius é visto como um modelo de diálogo e abertura, embora mantenha posições tradicionais em temas como celibato e ordenação de mulheres. Destaca-se por sua conversão ao catolicismo e atuação em um país de maioria luterana.

Pierbattista Pizzaballa (Jerusalém, 60 anos)

Patriarca de Jerusalém, Pizzaballa ganhou destaque internacional ao se oferecer como refém em troca de crianças israelenses sequestradas pelo Hamas. É visto como alguém com visão equilibrada e sensível aos desafios do Oriente Médio.

Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo, 65 anos)

Presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África, Besungu mistura posições liberais e conservadoras, defendendo democratização da Igreja e justiça social, mas rejeitando bênçãos a casais do mesmo sexo.

Willem Eijk (Holanda, 71 anos)

Arcebispo de Utrecht, Eijk é um dos nomes mais ortodoxos, com forte oposição a mudanças doutrinárias na Igreja, inclusive sobre temas de gênero e comunhão de divorciados.

Charles Bo (Mianmar, 76 anos)

Arcebispo de Yangon, Bo é respeitado por sua atuação em defesa da democracia e do meio ambiente, além de apoiar o acesso de divorciados à comunhão. Tem perfil conciliador e experiência em diferentes órgãos do Vaticano.