Sábado, 27 de Abril de 2024

Em PG, párocos, vigários e religiosos promovem primeira reunião geral do ano

2024-03-15 às 08:39

Padres, religiosos e diáconos, ao lado do bispo Dom Sergio Arthur Braschi se reuniram da manhã até o início da tarde de hoje (14), no salão paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Ponta Grossa, para a primeira reunião geral do clero deste ano. Uma pauta extensa, com mais de 16 itens, mobilizou as atenções do clero, que ouviu, por exemplo, a respeito das formações para os integrantes dos conselhos pastorais nos Setores da Diocese, programadas para iniciar já neste sábado, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Ponta Grossa.

Ao todo, vão ser oito encontros, um por Setor, envolvendo todas as paróquias daquele Setor. A formação irá trabalhar temas ligados aos diversos aspectos da vida em comunidade, do econômico ao pastoral, a sinodalidade, uma reflexão sobre os tópicos da Assembleia Diocesana, o Jubileu 2025 e o centenário da Diocese. Cada paróquia poderá enviar de cinco a dez lideranças. Os encontros se estenderão das 14 às 18 horas. Os participantes receberão material digitalizado para nortear a formação paroquial. Em texto entregue ao clero, o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, padre Joel Nalepa, lembrou que “à luz do magistério recente (particularmente a Lumem Gentium e a Envagelii Gaudium), esta corresponsabilidade de todos na missão deve ser o critério que está na base da estruturação das comunidades cristãs e de toda a Igreja local com seus serviços, em todas as suas instituições, em cada um dos organismos de comunhão (cf. 1 Cor 12,4-31)”.

Ao afirmar que a autoridade por excelência é a Palavra de Deus a inspirar cada encontro dos organismos de participação, cada consulta e cada processo de decisão, padre Joel ressaltou que, para que isto aconteça, é necessário que, a todos os níveis, o ato de se reunir ‘busque sentido e força na Eucaristia e se desenrole à luz da Palavra escutada e partilhada na oração’ (Relatório de Síntese, Uma Igreja Sinodal em Missão, Cap. 18, letras b e c). “A paróquia tem importante papel na vivência da fé. Para a maioria dos fiéis a paróquia é o único espaço de inserção. Por isso é urgente que se torne cada vez mais comunidade de comunidades vivas e dinâmicas, de discípulos missionários de Jesus que criam e fortalecem a comunhão e o bem entre os irmãos”, enfatizou.

Partindo deste contexto de Igreja: diocese, paróquias e comunidades, “somos convocados a pensar e refletir profundamente sobre nossa missão de cristãos dentro da nossa comunidade e também sobre a real função que os Conselhos desempenham em uma paróquia e em uma comunidade” (Regimento Interno das Paróquias, pág. 11). Com estas considerações podemos perceber a importância dos Conselhos Pastorais em todas as instâncias: Diocese, Paróquia, Comunidade. No Regimento Interno das Paróquias, logo na Introdução podemos perceber a referência bíblica e aos vários documentos do Magistério que fundamentam a importâncias dos Conselhos como Organismos de Comunhão e participação. Além disso, nossa caminhada diocesana foi de amadurecimento dessa consciência, sendo que na 7ª Assembleia Diocesana, dia 21 de outubro de 2000 os Conselhos Pastorais foram assumidos como Prioridade Diocesana e a Assembleia de Revisão, realizada no dia 19 de outubro de 2002, ratificou e determinou a transformação dessa prioridade em atividade evangelizadora permanente. Hoje já colhemos frutos dessa caminhada e ao mesmo tempo podemos continuar caminhando e crescendo no fortalecimento desses Organismos”, destacou o texto.

Para a formação deste sábado, havia 52 inscritos até esta quinta-feira. Os palestrantes serão padres Joel e Jaime Rossa, vigário geral da Diocese; Irmã Edites Bet, Edson Maschio, presidente do Conselho Paroquial de Pastoral da Perpétuo Socorro e o seminarista Jefferson Sanchez. As próximas formações ocorrerão dia 23 deste mês, na Paróquia São Cristóvão, para as paróquias do Setor 2; dia 6 de abril, na Capela Nossa Senhora das Dores/Paróquia São João Paulo II (Setor 4); dia 13 de abril, Paróquia Imaculada Conceição (Setor 3); 20 de abril, Paróquia Perpétuo Socorro (Castro-Setor 5); 27 de abril, Paróquia Santo Antônio (Imbituva-Setor 6); dia 4 de maio, Paróquia São Miguel (Irati-Setor 7) e 18 de maio, Paróquia São José (Imbaú-Setor 8).

Centenário

Outro assunto importante foi a festa do centenário da Diocese, que acontecerá em 10 de maio de 2026. Padre Jaime Rossa fez questão de enfatizar que as comemorações começam este ano, com momentos de oração em todas as comunidades de todas as paróquias. A ideia é que sejam feitas Adorações no dia 10 de maio e, nas capelas onde não houver essa possibilidade, leitura orante ou a reza do Rosário. “Seria um momento de oração para agradecer a caminhada feita e pedir a intercessão de Deus pelo futuro”, frisou padre Jaime.

Entre as atividades está o resgate da história das comunidades. Padre Hélio Guimarães, coordenador da Pastoral Presbiteral, lembrou que será preciso definir quem ficará responsável nas paróquias por esse resgate, orientando que não se trata de uma atualização do que já foi contato no livro sobre os 50 anos da Diocese, mas uma forma de evidenciar os fatos, no sentido de fazer história. “Importante visualizar onde esteve e onde está a nossa comunhão. É preciso tirar essa ideia que ‘Diocese’ é Ponta Grossa, é onde o bispo mora. Não é. Diocese é onde a Igreja acontece. Vida e comunhão, esperança e missão”, destacou o padre.

Padre Rodrigo Ribas, assessor eclesiástico da Pastoral da Comunicação, informou que a Pascom Diocesana está produzindo a identidade visual do centenário, a partir do slogan definido (Diocese de Ponta Grossa: 100 anos de vida e comunhão, esperança e missão) e que os agentes da Pastoral estão à disposição dos padres para ajudar na elaboração do resgate histórico. Padre Alvaro Nortok, assessor da Comissão Diocesana de Liturgia e Canto Pastoral, contou que, dia 10 de maio, será aberto o prazo para a apresentação de letra melodias do hino do centenário. “As sugestões serão recebidas e avaliadas”, afirmou.

Pastoral Familiar

Rafael Nadal Dias e Osvaldo Carlos Katzenwadel, integrantes da coordenação da Pastoral Familiar, relataram a dificuldade de oferecer pela Diocese o acompanhamento dos adolescentes – entre o Batismo e a Crisma – e dos casais no pós-matrimônio. “Existe um itinerário para ser trabalhado com os adolescentes no momento do namoro. Só depois desse trabalho é que deveria entrar a Pastoral Familiar. E não é o que acontece…Na atuação pós-matrimônio há quem faça já, mas, a nível de paróquia. A nível de Pastoral Familiar, só a (Paróquia) São Cristóvão realiza da forma como foi pedido pelo Papa: casais com menos de dois anos de matrimônio. Seriam dez reuniões e dois documentos trabalhados, no formato de célula, com acompanhamentos mensais. Para quem quer se sentir mais preparado para agir na formação, dia 14 de abril, aqui na Paróquia São Pedro, os párocos podem encaminhar os agentes da Pastoral para um encontro com a equipe do Regional (Sul 2), que virá detalhar os itinerários pré-matrimônio, pós-matrimônio, casais de novas uniões e casos especiais”, adiantou. Cada paróquia pode enviar os coordenadores. O investimento será de R$ 50.

Mães que Oram

Ellen Cristina Sabu, coordenadora diocesana do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, um movimento católico fundado em 2011, na Arquidiocese de Vitória (ES), que tem como carisma restaurar as famílias pelo poder da oração e da intercessão, falou ao clero sobre a diferença entre o movimento e o ‘Mães que Rezam pelos Filhos, esclarecendo que, neste último, as mulheres se reúnem para rezar e interceder, e no ‘Mães que Oram pelos Filhos’ as participantes se engajam na Igreja, se tornam ativas. Na Diocese, o grupo de mães que oram pelos filhos iniciou em 2020, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Castro.

Na sequência, surgiram os dois grupos da Paróquia São Francisco – um na Matriz e um na Capela Santa Edwiges, depois – No ano de 2023, foi oficializado o grupo da Capela São Leopoldo, Paróquia São Sebastião. Há também um grupo na Paróquia Senhor Menino Deus, em Piraí do Sul. “Este ano, houve uma mudança na coordenação diocesana do movimento, que providenciou a oficialização junto ao nosso bispo Dom Sergio e iniciou um de trabalho divulgação e expansão do Movimento. Atualmente, estamos com um novo grupo oficializado na Matriz da Paróquia São Sebastião e várias paróquias estão em fase de implantação e oficialização. A ideia é unir um exército de mães que oram juntas para se fortalecerem e interceder pelos seus filhos”, argumentou Ellen, se colocando à disposição para ir até as paróquias, detalhar o Movimento.

da assessoria