Terça-feira, 24 de Setembro de 2024

D’P Pessoas: Apóstolo Nelson Braido

2024-08-07 às 15:38
Foto: Gabriel Ramos de Lima

Bate-papo exclusivo sobre vida, fé e futuro com o apóstolo Nelson Braido, fundador da Igreja Cristã Presbiteriana, uma das maiores de Ponta Grossa

por Michelle de Geus

Uma vida inteira dedicada a pregar o Evangelho. Essa é a história do apóstolo Nelson Braido, que nasceu em Capivari (SP) e com apenas dois anos de idade se mudou para o Paraná, onde passou a infância e a adolescência. Ele cresceu trabalhando na fazenda da família e, aos 17 anos, ingressou no seminário de Teologia, entregando a sua vida para Cristo. O evangelista se mudou para Ponta Grossa alguns anos mais tarde, em 1977, e aqui teve a visão de fundar uma igreja avivada, onde as pessoas pudessem adorar a Deus em espírito e em verdade. Foi assim que, dentro de uma pequena garagem com apenas 12 pessoas, nasceu a Igreja Cristã Presbiteriana (ICP), na década de 90. Ela se tornou uma das igrejas mais conhecidas de Ponta Grossa e, atualmente, conta com um templo com capacidade para cinco mil pessoas, mais de mil células espalhadas pela cidade e uma equipe de 34 pastores. Hoje com 73 anos de idade, Braido ainda ministra cultos e cuida da rede de pastores da região. Na entrevista a seguir, ele fala sobre os desafios à frente da igreja, o futuro do ministério e, claro, a vida em Cristo.

A ICP é uma das igrejas que mais crescem em Ponta Grossa. A que o senhor atribui esse crescimento?

Atribuímos esse fato ao Senhor Jesus Cristo, que deu a vida pela igreja, e também a uma grande equipe de trabalhadores, pastores, professores e líderes que trabalham promovendo a igreja. Temos trabalhado com muito amor. Somos uma igreja que ama e que se importa com as pessoas. Cuidamos dos nossos filhos na fé. As pessoas que chegam em nossas reuniões são amadas e cuidadas.

Muitas igrejas abrem e fecham. Na sua visão, qual é o segredo de uma liderança eficaz?

Sou pastor há 49 anos e sempre fui bem-sucedido nesse trabalho, porque reconheço o chamado de Deus para fazer o ministério. Durante a caminhada, eu descobri que uma igreja só cresce se tiver a unção do Espírito Santo e o pastor for realmente um homem chamado para o ministério.

De todas as suas realizações à frente da igreja, qual é a que lhe dá mais orgulho?

Hoje, ver o quanto o Esquadrão da Vida é respeitado em nossa cidade me traz profunda alegria. Ver uma multidão que saiu das drogas, do crime, de uma vida fracassada, de uma família destruída celebrando agora uma nova vida em Cristo Jesus não tem preço.

Quais são os maiores inimigos da vida comunitária na igreja? O que, enfim, faz as pessoas se afastarem da comunhão?

Conheço muitas pessoas que passaram por igrejas e que hoje, por falta de perdão, falta de relacionamento, acabaram saindo, mas creio que voltarão no seu devido tempo.

Quais são, na visão do senhor, os segredos para permanecer na fé?

Muitos fracassam na fé porque não nasceram de novo, não tiveram uma conversão real ao cristianismo.

Quais são os seus hobbies? Como o senhor aproveita os momentos de folga?

A vida de pastor é muito corrida. Não conseguimos atender todas as pessoas que desejam conversar conosco. Por isso concentramos os nossos atendimentos nos cultos e trabalhamos com as células. Tenho feito muitas viagens, para vários países, onde visito igrejas, colegas, o que tem sido um bálsamo para mim, uma forma de descansar e passear ao mesmo tempo. Também gosto de fazer academia e natação.

O senhor é leitor e estudioso da Bíblia. Qual é a passagem da Escritura que mais toca o seu coração?

Toda a Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo. Homens santos, inspirados por Deus, escreveram a Bíblia em um espaço de 1.500 anos, com cerca de 40 autores. Então, para mim, não existe um texto mais inspirado do que o outro. Amo a leitura dos Salmos, dos Evangelhos e das cartas pastorais.

Como o senhor imagina a ICP no futuro? Quais são os seus sonhos para a igreja?

A ICP continuará sendo uma igreja forte, ousada, conquistadora, e continuará crescendo. Sonhamos com uma igreja-família, que tenha um colégio onde os nossos filhos possam crescer debaixo de um ensino que valoriza a família e os princípios cristãos.

E quais são os planos do senhor individualmente? O que ainda gostaria de realizar?

Eu estou hoje com 73 anos, e a Bíblia diz que na velhice podemos dar muitos frutos. Eu quero continuar visitando igrejas, formando líderes e fazendo o que amo fazer: subir no púlpito e pregar que Jesus salva, cura, liberta e que em breve Ele voltará para arrebatar a sua amada igreja. Não perco oportunidades de falar do amor de Jesus.

Conteúdo publicado originalmente na Revista D’Ponta #301